O Parlamento do Irã aprovou a proposta de fechamento do Estreito de Ormuz, importante rota marítima responsável pelo escoamento de cerca de 20% do petróleo mundial. A medida, que ainda precisa ser confirmada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, surge como retaliação aos ataques dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas, realizados no sábado (21/6).
Segundo a emissora estatal Press TV, se implementada, a decisão poderá causar uma escalada sem precedentes na tensão do Oriente Médio e impactar fortemente o mercado global de petróleo, elevando os preços da commodity.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou neste domingo (22) que os ataques norte-americanos, apoiados por Israel, representam o fim do diálogo.
“Os Estados Unidos e Israel decidiram lançar pelos ares qualquer possibilidade de diplomacia”, declarou.
Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu o tom ao afirmar que novas ofensivas estão em curso.
“Se a paz não chegar logo, os Estados Unidos vão perseguir outros alvos com precisão, velocidade e habilidade. Haverá paz ou haverá uma tragédia para o Irã muito maior do que a que testemunhamos nos últimos oito dias”, disse.
O Estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã, é uma das principais rotas de exportação de petróleo do mundo, por onde passam cerca de 17 milhões de barris por dia. O fechamento dessa passagem estratégica pode gerar impactos econômicos e diplomáticos em escala global.
*Com informações do Correio Braziliense