O Grupo Cetáceos conduziu uma complexa operação para desencalhar 16 baleias-piloto que haviam ficado presas na enseada da praia de Pititinga, no litoral norte do Rio Grande do Norte. O resgate, iniciado no domingo (2), mobilizou pesquisadores e voluntários em uma ação que devolveu os animais ao alto-mar nessa segunda-feira (03).
Desde sexta-feira (31), o litoral das praias de Pititinga e Zumbi tem sido cenário de tristes ocorrências, com cinco óbitos de baleias contabilizados até o momento. No domingo, a primeira tentativa de afastar o grupo da costa não teve sucesso, mas permitiu aos biólogos do Grupo Cetáceos da Costa Branca-UERN e do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM) coletar dados importantes sobre a saúde, comportamento e dinâmica dos animais.
“Ontem (domingo) fizemos uma operação (Pititinga), porém não conseguimos afastar o grupo da costa. Foi possível obter detalhes da saúde dos animais, seus comportamentos, dinâmica do grupo e pouca reatividade à presença de embarcação”, explicou Vinícius Santana, biólogo do Grupo Cetáceos. Ele acrescentou que a operação, que contou com o uso de drones para filmagem e monitoramento, estava em andamento até às 11h/meio-dia de segunda-feira.
As baleias-piloto, conhecidas por viverem em grupos de 15 a 50 indivíduos, são habitantes das águas tropicais e temperadas de todos os oceanos, alimentando-se de peixes, crustáceos e lulas. A comunidade local e os pesquisadores permanecem atentos e prontos para atuar em caso de novos encalhes.
A população é incentivada a reportar qualquer avistamento de animais marinhos encalhados, vivos ou mortos, por meio dos seguintes números de contato: (84) 9 8843-4621 (Areia Branca e região) e (84) 9 9943-0058 (Natal e região).
Com informações do Ponta Negra News