Um grupo de dez geradoras, que representa 37% da geração de energia solar centralizada do país, anunciou a saída conjunta da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), entidade da qual faziam parte há cerca de cinco anos. A informação foi publicada pelo Portal MegaWhat nessa sexta-feira (25).
As empresas Cobra, Comerc Energia, Echoenergia, EDP, Elera, Neoenergia, Ibitu, Qair, Rio Energy e Voltalia enviaram carta a entidades setoriais e bancos de fomento afirmando que deixaram a Absolar em busca de uma representação institucional mais alinhada aos desafios e oportunidades da geração solar centralizada.
A decisão das empresas ocorre em meio a disputas regulatórias no setor da energia solar no Brasil, que cresceu de maneira exponencial nos últimos anos e fez com que se tornasse complexo e polarizado. De um lado, há a Geração Distribuída (GD), com milhares de projetos menores, tipicamente em telhados e terrenos de consumidores, regulada principalmente pela Lei 14.300/2022. De outro, a Geração Centralizada (GC), com usinas de centenas de megawatts conectadas diretamente ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
As companhias destacam que esse é “um momento em que o setor busca atrair novos investimentos, ampliar a competitividade e reforçar o papel das renováveis na segurança energética do país”, diz trecho.
No total, treze empresas saíram nesta semana, sendo as dez que assinam a carta de forma conjunta, e em virtude de desalinhamento sobre a atuação da entidade entre os segmentos de geração distribuída e solar centralizada.
Segundo a MegaWhat, o conflito teria sido evidenciado após a representação da Absolar não ter tido um caráter institucional entre os segmentos que representa durante as audiências públicas da Medida Provisória (MP) nº 1.304/2025, tendo como porta-voz representante da geração distribuída.
*Com informações de Tribuna do Norte

