O Fórum de Diálogo Interreligioso do Rio Grande do Norte lembrará com um evento no próximo sábado, 25 de janeiro, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O combate à intolerância religiosa é, marcado, no Brasil no dia 21 de janeiro, mas o Forum decidiu transferir seu encontro para facilitar a participação dos fiéis dos mais diferentes credos. O encontro ocorrerá a partir das 9h da manhã, no Parque das Dunas.
“O Fórum é um movimento que reúne representantes das mais diversas expressões religiosas presentes no Estado”, explica o pastor Gleidson Antonio do Nascimento Alves, que recentemente assumiu a coordenação do movimento. Antes dele já estiveram à frente da coordenação o sacerdote juremeiro Marcuse de França e o líder da mesquita Oman em Natal, Mohammad Tawfic.
O movimento do diálogo interreligioso é um espaço para a conversa e o conhecimento entre os mais diversos credos – o que propicia a diminuição da intolerância religiosa. O pastor Gleidson pretende, como coordenador, pautar as ações do Fórum no tripé Conhecer, Conviver e Respeitar.
“Tenho dito que o diálogo nasce de uma atitude”, afirmou, convidando a todos para conhecer e participar das atividades do Fórum. “Só o diálogo é capaz de estabelecer um novo tempo de tolerância, compreensão, serviço ao próximo, amor e paz, em meio a sociedade potiguar”, concluiu.
A origem do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
A data foi oficializada em 2007 através da Lei n.º 11.635, de 27 de dezembro, e a sua escolha feita em homenagem à Mãe Gilda, do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado em Salvador.
Esse foi o dia em que ela, vítima do crime de intolerância religiosa, faleceu com um infarto no ano 2000.
Isso aconteceu na sequência de agressões físicas e verbais, bem como de ataques à sua casa e ao seu terreiro quando Mãe Gilda foi acusada de charlatanismo por adeptos de outra religião.
Mãe Gilda tornou-se um símbolo do combate a esse tipo de intolerância, especialmente pelo fato de simbolizar religiões de matriz africana. Este grupo representa o maior número de vítimas de intolerância religiosa na atualidade.