A governadora Fátima Bezerra está participando da COP27, em Sharm el-Sheik, no Egito, a convite do Instituto Alziras (organização sem fins lucrativos com a missão de ampliar e fortalecer a presença de mulheres na política e na gestão pública). Nesta quarta-feira (16), a gestora acompanhou a exposição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que reafirmou o compromisso da futura gestão com as questões ambientais, proteção da Amazônia, modernização da matriz energética e combate à fome.
Na sequência, Fátima participou do painel “Mudando os Caminhos do Desenvolvimento, compartilhando experiências para avançar na agenda da transição energética e na mudança do clima”, organizado pelo Instituto Alziras, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Centro Brasil no Clima (CBC) e outros. Também participaram a deputada federal eleita Marina Silva; a prefeita de Palmas (TO) Cinthia Ribeiro; o professor da UFRJ, Emílio La Rovere e representantes da África do Sul e da Indonésia.
“Nos une a luta pela sustentabilidade, o enfrentamento à degradação do clima, e também a participação das mulheres na administração pública. O RN e o Nordeste têm protagonismo nas energias renováveis e geram 70% da produção do setor no país. E o RN é o estado líder no país com 222 parques instalados e geração de sete gigawatts”, afirmou a governadora que também destacou que o Rio Grande do Norte se prepara para ampliar a produção, com a instalação de parques eólicos no mar. “Desenvolvemos o projeto para instalação de porto que irá atender às necessidades para instalação de parques offshore. É a chamada indústria verde, que irá produzir, no mar, energia, hidrogênio e amônia verde”.
Atualmente, 94% de toda a energia produzida no RN é proveniente de fontes renováveis. E a entrada em operação de mais 44 usinas em construção, e de 73 já contratadas, possibilitará que o Estado atinja a marca de 12 GW de potência instalada até o final de 2025. Isso equivale a 70% da potência instalada de Itaipu, que é a maior hidrelétrica do Brasil.
“Nosso desafio é conciliar a sustentabilidade, fazer a transição justa, que olhe para as pessoas e garanta direitos à dignidade e à cidadania. Na condição de governadora do Estado brasileiro líder na produção de energia renovável, me orgulho de termos as melhores condições solar e de vento para sairmos da base do combustível fóssil – que polui e degrada-, para a energia renovável”. A governadora enfatizou que a transição da matriz energética e o enfrentamento às mudanças no clima “devem estar associadas à promoção da cidadania, o que significa trabalho e melhor qualidade de vida para nossa população”.