O Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do Norte (Sindppen-RN) alertou para o risco de novos confrontos entre facções no Complexo Penitenciário de Alcaçuz, localizado em Nísia Floresta, na Grande Natal. Segundo agentes, em revistas realizadas em maio, foram encontradas armas artesanais e objetos perfurantes escondidos em celas, o que eles afirmam indicar preparativos para rebeliões. O mês foi marcado por motins, mortes e tentativas de fuga em presídios de Natal e de outras regiões do estado.
“Estamos finalizando um mês bastante violento dentro do sistema prisional. Tivemos execuções, tentativas de motins e várias armas artesanais encontradas”, declarou a presidente do Sindppen-RN, Vilma Batista.
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Ainda de acordo com a sindicalista, em vez de reforçar a segurança, a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) ignora os alertas e persegue policiais penais. “Ontem, revistamos o Rogério Coutinho Madruga e retiramos facas feitas com ferramentas arrancadas de paredes e camas. No dia 13, em Alcaçuz, já havíamos apreendido objetos perfurantes porque os presos ameaçam novo confronto”, afirmou.
O sindicato denuncia que a pasta não oferece estrutura para conter a ação do crime organizado, que tenta retomar o controle das unidades, e alega ainda que agentes enfrentam assédio e perseguição interna.
No mês de maio, além das apreensões, oconteceram ao menos duas mortes em presídios do Rio Grande do Norte. Segundo informações do Sindppen-RN, a situação se repete em todo o estado e requer medidas urgentes para evitar uma nova crise como a de 2017, quando houve um massacre entre facções rivais em Alcaçuz. A SEAP não se pronunciou sobre as denúncias até a publicação da matéria.
*Com informações do Agora RN