A exploração de petróleo no Rio Grande do Norte em grande escala iniciou há 50 anos, com a perfuração do Campo de Ubarana, nas águas profundas do município de Macau e após um hiato em sua produção está voltando a contribuir com a pauta de exportações do estado.
O Rio Grande do Norte retomou os envios expressivos de óleo combustível de petróleo bruto para o continente asiático, mais precisamente em Singapura. No último mês de maio foram exportadas 68,8 mil toneladas do produto que resultaram em transações comerciais de mais de US$ 40 milhões.
As remessas do derivado de petróleo refletiram diretamente no volume das exportações potiguares, que somaram quase 61 milhões de dólares, no mês de maio, o que representam uma alta superior a 234% no comparativo com igual mês de 2022. Em relação a abril, o aumento foi de 39,2%
Os dados do comércio exterior estão na edição de maio do Boletim Balança Comercial do RN, um informativo elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/RN, com base nas informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
O aumento do volume de exportação foi influenciado pelo envio de óleo combustível, mas também por outras mercadorias que passaram a compor a pauta de exportação no mês. Entre essas comodites, estão itens graneleiros, como açúcar (US$ 3,50 milhões) e sal (US$ 2,48 milhões), cujas remessas para os Estados Unidos totalizaram US$ 8,7 milhões.
Uma vez que as importações do estado cresceram 108%, em maio, atingindo um total de US$ 49,5 milhões graças o aquecimento da cadeia de suprimentos para a indústria de energias limpas, o saldo da balança comercial do Rio Grande do Norte registrou o superávit de US$ 11,14 milhões, o segundo maior do mês de maio desde 2018, atrás apenas de igual mês do ano de 2019. O saldo acumulado até agora chega a US$ 97,15 milhões.