A Polícia Federal indiciou dois homens por suposto envolvimento com os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, Deibson Cabral e Rogério Mendonça. Segundo as autoridades, a dupla teria fornecido auxílio aos criminosos, incluindo carro, abrigo, roupas e comida. Os acusados irão responder por favorecimento pessoal e organização criminosa.
Um dos indiciados é um mecânico de 38 anos, residente na zona rural de Baraúna, região Oeste potiguar. Ele foi detido desde 26 de fevereiro sob a suspeita de ter fornecido esconderijo aos criminosos em seu terreno, por aproximadamente oito dias. Além disso, alega-se que tenha recebido uma quantia de R$ 5 mil de membros do Comando Vermelho para facilitar o plano.
O outro indivíduo acusado faz parte de uma facção carioca e também é suspeito de ter ajudado os fugitivos. Cães farejadores, que estão sendo utilizados nas buscas, detectaram o odor da dupla em um morador da cidade de Baraúna.
Em declarações à polícia, o homem negou qualquer envolvimento com Deibson Cabral e Rogério Mendonça e não foi preso. A última aparição oficialmente confirmada dos criminosos ocorreu em 3 de março, quando invadiram um galpão e ameaçaram o dono, agredindo-o, em Baraúna.
A caçada pelos fugitivos está concentrada na área rural de Baraúna e envolve mais de 600 agentes de segurança, atuando de forma integrada. Participam da operação policiais federais, rodoviários federais, militares e civis, além da Força Nacional.
A fuga dos presos foi registrada na Quarta-feira de Cinzas (14), sendo a primeira do sistema de segurança máxima das prisões federais. De acordo com as informações divulgadas, os presidiários fugiram da cela por um buraco durante a madrugada e saíram pelo alambrado que cerca a unidade de segurança máxima.
O presídio federal de Mossoró (RN) estava passando por ao menos três obras quando ocorreu a fuga, incluindo movimentação interna para obra no pátio de banho de sol, uma adaptação na recepção de visitantes e ampliação do alojamento de policiais penais.