O SAMBA QUE DESCONDENA
soltura, absolvição e prescrição de investigados pelo STF já se tornaram praxes. Não precisa de advogado. Basta ser amigo do amigo do pai de um dos ministros do Supremo. Depois de aliviar a barra para o ex-governador do RJ, Sergio Cabral, a mais recente decisão de Lewandowski tornou prescrita a ação que pedia a tomada de contas do ex-ministro Guido Mantega, junto ao TCU. Mais uma vitória para o seleto time de amigos e ex-membros da gestão do ex-presidiário Lula. Coincidentemente, uma série de decisões judiciais da Suprema Corte estão sendo tomadas após uma certa festinha na casa do Kakay. Talvez tenha sido o que faltou ao presidente Bolsonaro para ter o aval do STF e governar em paz. Resolveria tudo com um churrasco e uma roda de samba.
SERVIDOR, FAZ O “F”
Durante o pleito de 2022, o discurso eleitoreiro da governadora Fátima foi pautado na excelente gestão, no que tange ao pagamento dos salários em dia. Sempre se comparou com o ex-govenador Robinson Faria, que foi um péssimo pagador. No entanto, bastou conseguir a reeleição que a gestão do PT voltou ao normal. Quem contava com o 13° na conta, no prazo que manda a lei, se decepcionou. A campanha passa, as máscaras vão junto.
CONSUMIDOR, FAZ O “F”
Outra máscara da governadora caiu, durante a insistência do Projeto de Lei que aumenta o ICMS no RN. Mesmo o STF vetando o Governo Federal e garantindo a compensação de possíveis perdas de arrecadação, Fátima manteve e aprovou na ALRN o aumento dos impostos. Setor produtivo, comércio e consumidor em geral já preveem um 2023 mais oneroso. A queda de receitas é dada como certa, exceto para o Estado.
O SISTEMA É BRUTO
O jogo político brasileiro foi e sempre será um tabuleiro de xadrez. Quem acha que tem o domínio total das peças se engana. A cada minuto, uma jogada nova e inesperada muda todo o cenário e traz de volta quem estava quase derrotado. Foi assim que aconteceu durante as tratativas para aprovar a PEC do Fura-Teto. Arthur Lira tentou barganhar uns ministérios com Lula, que deu o troco com o STF na caneta de Gilmar Mendes. Com o apoio de Rodrigo Pacheco, os parlamentares reviraram o jogo e dobraram os milhões das emendas de relator. E agora, quem está nas mãos de quem? Só sei que os nossos recursos estão nas mãos deles.