A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou uma nota na manhã deste sábado (22) afirmando que irá recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que decretou a prisão preventiva do ex-presidente, classificando a medida como de “profunda perplexidade”. O advogado Celso Vilardi argumenta que Bolsonaro, que estava cumprindo prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, teve sua prisão decretada com base na convocação de uma vigília de orações, evento garantido pela Constituição como direito de reunião e liberdade religiosa.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva citando o risco de que a manifestação pudesse causar tumulto e facilitar uma “eventual tentativa de fuga do réu”. A decisão foi reforçada pelo comunicado do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, que informou sobre uma suposta violação do equipamento de monitoramento eletrônico de Bolsonaro na madrugada deste sábado. Segundo Moraes, essa violação indicaria a “intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga”.
A defesa de Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, enfatiza no comunicado que o estado de saúde do ex-presidente é delicado e que sua prisão pode colocar sua vida em risco. Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, após o descumprimento de medidas cautelares anteriores fixadas pelo STF, que incluíam a proibição de acesso a embaixadas e o uso de redes sociais. O advogado Vilardi garantiu que apresentará o recurso cabível contra a prisão preventiva.
*Com informações de Agencia Brasil

