O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu, nesta sexta-feira (15), indicar o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para a relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que deverá ser instalada na próxima semana.
O colegiado que irá apurar sobre os descontos indevidos por entidades sindicais, e será comandado pelo senador e líder do PSD, Omar Aziz (AM). A CPMI contará com 16 membros de cada casa e terá até 180 dias de funcionamento. Cabe à relatoria produzir o parecer final dos trabalhos da comissão.
Nas redes sociais, Motta desejou “um excelente trabalho” ao relator, ao presidente e a todos os integrantes da CPMI. Disse que a investigação sobre descontos indevidos em aposentadorias é uma “pauta tão relevante para o país”.
O cargo era almejado por nomes da oposição, que foi responsável pela coleta de assinaturas e articulação para que a CPMI saísse do papel e fosse oficializada durante a sessão conjunta do Congresso Nacional, realizada em 17 de junho. A comissão é vista como um flanco em potencial para causar novos desgastes ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) era um dos nomes defendidos por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a relatoria, mas o nome perdeu força ao longo do tempo. O deputado sequer foi escalado pelo PL para integrar a comissão. Outro nome que buscava a indicação de Motta era Evair de Melo (PP-ES), que chegou a pedir ao presidente do partido, Ciro Nogueira (PI), que intercedesse por ele.
Motta deu sinais públicos de querer um nome mais alinhado ao centro, a fim de evitar ruídos e sobre favorecimento à oposição ou à base governista. O presidente da Câmara chegou a mostrar simpatia pelo deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), que tem bom trânsito no Congresso, mas que esbarrou no fato de ser do mesmo partido que o presidente da comissão, Omar Aziz.
O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que os trabalhos iniciarão “impreterivelmente” na próxima semana, mas parte das indicações da Câmara ainda estão pendentes.
*Com informações do Metrópoles