As contas do Governo Federal fecharam o mês de janeiro com um superávit de R$ 84,9 bilhões, informou nesta quinta-feira o Tesouro Nacional. Na comparação com o o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um saldo positivo de R$ 79,3 bilhões, houve melhora. O resultado é o terceiro melhor para o mês na série histórica, ajustado pela inflação, ficando atrás apenas dos registros de 2022, quando houve superávit de R$ 88,779 bilhões, e 2023, com R$ 86,375 bilhões.
No acumulado de 12 meses, foi registrado um déficit de R$ 42,2 bilhões, o que é equivalente a 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB). Em janeiro, o governo registrou um superávit de R$ 104,5 bilhões no Tesouro Nacional, enquanto a Previdência Social teve um déficit de R$ 19,6 bilhões e o Banco Central apresentou um déficit de R$ 13 milhões.
A receita líquida do governo teve um crescimento real de 3,7% em relação a janeiro do ano anterior, totalizando R$ 257,8 bilhões. No mesmo período, as despesas aumentaram 4,4%, atingindo R$ 172,9 bilhões. De acordo com o Tesouro, o superávit do mês ficou acima da mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que apontava para um superávit de R$ 83,4 bilhões
Quando as receitas ficam acima das despesas, o resultado é de superávit primário, já o déficit ocorre quando a arrecadação com tributos fica abaixo dos gastos do governo (sem considerar o pagamento de juros da dívida pública).
De acordo com o relatório divulgado, no mês de janeiro de 2025, os gastos do governo federal registraram um aumento significativo, impulsionados por repasses a estados e municípios, benefícios previdenciários e investimentos em educação. Entre os principais fatores para esse acréscimo estão a compensação pela redução na arrecadação de ICMS, que somou R$ 836,6 milhões, e o aumento no pagamento de benefícios previdenciários (+R$ 1,7 bilhão) e do Benefício de Prestação Continuada (+R$ 1,3 bilhão), reflexo do crescimento no número de beneficiários e do reajuste do salário mínimo.
Além disso, houve um incremento de R$ 2 bilhões na complementação da União ao Fundef/Fundeb, impulsionado pelo desempenho dos impostos que compõem o fundo e por mudanças na legislação. O setor da saúde também teve um aumento expressivo, com despesas adicionais de R$ 2,4 bilhões. Já as despesas discricionárias do Executivo subiram R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 1,5 bilhão destinado a diversas áreas.
Fonte: O Globo