O Índice Nacional de Confiança (INC) do consumidor, elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com a PiniOn, registrou uma melhora em outubro de 2025, marcando a terceira alta mensal consecutiva.
No entanto, apesar do avanço no otimismo, a ACSP alerta que o elevado nível de endividamento das famílias e os impactos das altas taxas de juros no futuro da atividade econômica são fatores de preocupação.
📊 Destaques da Pesquisa ACSP (Outubro/2025)
O Índice Nacional de Confiança (INC) subiu, mas ainda se encontra em um patamar cauteloso.
- Índice de Confiança: O INC atingiu 98 pontos em outubro, um aumento de 2,1% em relação a setembro.
- Patamar: Embora tenha subido pela terceira vez seguida, o indicador permanece no campo pessimista (abaixo dos 100 pontos) desde fevereiro.
- Melhora Generalizada: A alta na confiança foi observada em todas as classes socioeconômicas, sendo mais significativa nas classes AB e C. A melhora também foi mais intensa entre as mulheres.
- Motivos do Otimismo: A alta reflete uma percepção mais positiva das famílias sobre:
- A situação financeira atual.
- As expectativas futuras de renda e emprego, impulsionadas pela maior segurança no mercado de trabalho.
- Reflexo no Consumo: A melhora resultou em maior disposição do consumidor para a compra de bens de maior valor (carro e casa) e bens duráveis (geladeira e fogão), além de aumentar a propensão a investir.
⚠️ Alerta da ACSP: Endividamento e Juros
Apesar dos resultados positivos, a ACSP mantém cautela sobre as perspectivas futuras devido a fatores macroeconômicos.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, alerta que o “elevado grau de endividamento e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica, que continuarão a ser sentidos, poderão levar a uma redução da confiança do consumidor ao longo dos próximos meses”.
Em resumo, a recuperação da confiança em outubro foi sustentada principalmente pelas expectativas de melhora de renda e emprego, mas a fragilidade financeira das famílias, com altos níveis de dívida, e o cenário de juros elevados representam um risco para a manutenção desse otimismo.

