Na manhã desta sexta-feira, a comunidade da Praia de Pititinga, no município de Rio do Fogo, foi surpreendida por um encalhe em massa de 21 baleias-piloto (Globicephala macrorhynchus).
A ocorrência mobilizou a comunidade, autoridades e pesquisadores em uma operação de resgate e investigação das causas do fenômeno. O encalhe foi reportado por moradores às primeiras horas do dia, e equipes do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM), do Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN), do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) foram rapidamente acionadas para o local.
“Estamos trabalhando intensamente para salvar esses animais e entender o que levou ao encalhe”, declarou o Dr. Flávio Lima, biólogo e coordenador geral do PCCB-UERN. Ele acrescentou que os pescadores e moradores da região realizaram uma tentativa de reintrodução dos animais ao mar por volta das 7h, porém eles retornaram. É provável que os animais estejam desorientados, com sinais de distúrbio neurológico. Até o presente momento, um dos animais não resistiu e foi a óbito.
As baleias-pilotos são animais oceânicos e conhecidos por sua natureza social e por formarem grupos coesos. Muitas vezes, seguem um líder e podem encalhar em conjunto se um dos membros estiver doente ou desorientado. Até o momento, as causas específicas deste encalhe em Rio do Fogo ainda são desconhecidas.
A operação de resgate envolve a construção de barreiras de proteção contra o sol e um esforço coordenado para devolvê-los ao mar. A comunidade local tem desempenhado um papel fundamental, oferecendo apoio logístico. A situação está sendo monitorada de perto, e atualizações serão fornecidas à medida que mais informações se tornem disponíveis. As autoridades pedem que a população mantenha distância da área de encalhe para não perturbar os trabalhos de resgate.
A divulgação a nível nacional do encalhe em massa é crucial para conscientizar sobre a preservação da vida marinha, mobilizar recursos e apoio, impulsionar a pesquisa científica, influenciar políticas públicas de conservação e fomentar uma cultura de responsabilidade ecológica. A visibilidade do caso pode atrair atenção e colaboração internacional, fortalecendo a resposta a futuros incidentes e promovendo a proteção dos ecossistemas marinhos do Brasil.
Para mais informações, entre em contato com:
Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM), telefone: (84) 99694-7242 ou (84) 98195-6143.