O Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN), essencial para a sobrevivência de centenas de bebês no Rio Grande do Norte, foi reinaugurado nesta semana após uma grande reforma. Com um investimento de mais de R$ 17 mil, o espaço teve toda a sua estrutura elétrica e física revitalizada, garantindo mais segurança e eficiência no processamento do leite materno.
O superintendente da MEJC, Luiz Murillo Lopes de Britto, celebrou a conquista, destacando o impacto direto do serviço. “Este é um setor com um papel social muito importante, pois, por meio do leite materno, evitamos o surgimento de doenças nos recém-nascidos”, afirmou.
Referência que Salva Vidas
Fundado em 1995, o BLH da Januário Cicco é o único no estado que processa leite materno para unidades públicas e privadas, sendo uma referência para toda a região Nordeste. A unidade é responsável por fornecer leite a cerca de 80% dos recém-nascidos em estado grave, internados principalmente em UTIs neonatais.
“Nossos equipamentos exigiam uma carga elétrica maior. Agora, com a reinauguração, poderemos processar o leite com mais tranquilidade e segurança”, explicou a enfermeira Ana Zélia Pristo, coordenadora do setor.
Uma Rede de Solidariedade
O Banco de Leite capta, em média, 200 litros de leite humano por mês, graças a uma forte rede de solidariedade. A coleta é feita de porta em porta em parceria com o programa Bombeiro Amigo do Peito e conta com postos de coleta e o apoio de ONGs como o Lions Club.
Esse esforço coletivo permite a distribuição de aproximadamente 180 litros de leite processado mensalmente, abastecendo inclusive o Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), em Santa Cruz.
O trabalho também é feito de dedicação e amor, como o de Selma Maria de Andrade, auxiliar de enfermagem com 40 anos de maternidade, sendo 10 deles no BLH. “Para mim, este lugar é como uma segunda casa. Faço desde a pasteurização até o acolhimento das mães. O que estiver ao nosso alcance, fazemos para melhor atender”, relatou emocionada.
Para Joseane Lima da Silva, doadora há três meses, o ato é um símbolo de orgulho. “Poder doar o nosso leite e saber que estamos salvando a vida de outras crianças, além de alimentar o nosso próprio bebê, é um gesto de amor”, declarou.
Além de salvar vidas, o BLH oferece orientação a mães com dificuldades de amamentar, fortalecendo o vínculo afetivo e garantindo os benefícios do aleitamento materno. A solenidade de reinauguração homenageou colaboradores, doadores e parceiros que mantêm essa corrente do bem em funcionamento.
*Com informações Jol RN