O relatório mais recente do IBGE, sobre o Censo Demográfico no Estado mostra que já foram visitados 93,9% dos setores censitários, de um total de 5.972. Já são 128 municípios (76,6%) com a coleta finalizada. Nos demais municípios, o IBGE está fazendo supervisões e retornando a domicílios em que não conseguiu aplicar a pesquisa. A partir desta semana, o instituto também disponibiliza o Disque Censo para quem ainda não foi recenseado. A ligação gratuita é feita pelo número 137 e ficará disponível até janeiro de 2023, prazo para a conclusão do levantamento.
O atendimento pelo Disque Censo é bem simples, algumas perguntas prévias são feitas para que o IBGE verifique se realmente a pessoa não respondeu ao questionário da pesquisa. O atendente do IBGE solicitará algumas informações de contato, como nome, endereço, email, para que a entrevista seja feita com segurança e para que se possa fazer a identificação. É interessante ressaltar que prestar informações falsas ao IBGE é crime federal 5.534/1968, constitui-se infração passível de multa. O Censo é de extrema importância para que o IBGE possa trazer dados e informações atuais sobre a população do país.
PREJUÍZOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
O atraso afeta em cheio o gerenciamento de políticas públicas em todo o país, por isso é sempre bom alertar a população a respeito da importância de se responder o questionário.
Thales Augusto, professor do Departamento de Economia da UFRN, acredita que o atraso tem um custo muito grande. “Teve a desculpa da pandemia, mas mesmo em 2020, por falta de recursos, o censo foi atrasado e isso tem um custo muito grande para fazer política pública. Se você quer saber com precisão e entender como tem se movimentado determinadas variáveis, é importante se ter essa periodicidade. O RN normalmente fica fora de algumas pesquisas porque são feitas apenas nas principais capitais com a PNAD, a parte mais completa dela, e a gente depende mais ainda de um censo”.
O professor prossegue alertando para prejuízos causados pelo atraso no censo: “Quando o censo demora mais, quem faz políticas públicas, pesquisa, quem faz ciência, para subsidiar pesquisa pública, fica cada vez mais defasado com programas e projetos trabalhando com variáveis defasadas.”