Chegou a 13 o número de pessoas com suspeita de intoxicação alimentar após consumirem peixe em um restaurante de Natal, entre 5 e 6 de maio. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos estão sendo investigados como possíveis ocorrências de ciguatera, uma forma de intoxicação causada pela ingestão de peixes marinhos com barbatanas, de áreas subtropicais e tropicais, que tenham acumulado toxina devido à dieta.
Três pessoas precisaram de atendimento hospitalar e outras duas ficaram internadas. O surto ocorreu durante um evento com médicos, e entre as 35 pessoas contactadas por profissionais de vigilância em saúde, 13 apresentaram sintomas.
Segundo o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, o José Antônio de Moura, os sintomas neurológicos foram determinantes para a suspeita de ciguatera. “Tem que a questão do período de incubação, entre a alimentação e o início dos sintomas, que foi em média 4 horas. Mas o que caracterizou, que nos deu praticamente certeza, é o tipo de pescado e também os sintomas neurológicos que elas tiveram: dormência nos membros superiores, inferiores, e na boca. E a inversão de calor, em que você tem essa sensação de tocar uma coisa fria e sentir como o como se fosse quente”, afirmou.
O pescado servido era da espécie arabaiana. Amostras foram recolhidas no restaurante na última quarta-feira (7) e encaminhadas ao Laboratório Central do Rio Grande do Norte (Lacen), que repassou o material para análise laboratório na região sul do país. De acordo com a SMS, o resultado pode levar mais de 30 dias.
José Antônio de Moura afirmou que apesar da gravidade dos sintomas, a intoxicação por ciguatera não é letal. No entanto, ele recomendou cautela à população. “Isso foi uma fatalidade. O que a gente teria que passar para população é se se ela puder evite consumir, nesse período, esses peixes costeiros. Comer peixe de água profunda seria uma estratégia”, afirmou.
*Com informações do Agora RN