O pré-candidato a prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), usou recursos públicos do Fundo Eleitoral para pagar quase R$ 3,6 mil em gasolina comprada em posto de combustível de sua propriedade, durante a campanha eleitoral de 2022. Na ocasião, o ex-prefeito da Capital, que concorre a seu quinto mandato eletivo no Executivo municipal, disputou a única vaga de senador da República disponível no pleito e ficou em segundo lugar, perdendo para o eleito Rogério Marinho (PL).
Conforme os documentos presentes na prestação de contas de campanha de Carlos Eduardo, constante no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então candidato ao Senado Federal fez três compras de combustível em setembro do ano passado no posto Cohabinal LTDA, situado na avenida João XXIII, em Parnamirim.
As três notas fiscais somam, juntas, o valor de quase R$ 3,6 mil e são datadas dos dias 08, 23 e 29 de setembro de 2022, quando constam os seguintes valores, respectivamente: R$ 778,50; R$ 1.546,90 e R$ 1.260,55. Como destinatário, na nota fiscal, aparece o nome “Eleição 2022 Carlos Eduardo Nunes Alves Senador”.
Em sua declaração de bens feita ao TSE, Carlos Eduardo consta como sócio, junto com Agnelo Alves Filho e José Luiz Nunes Alves, do posto de combustíveis Cohabinal, que possui um capital social avaliado em R$ 450 mil e usa o CNPJ de número 01.829.334/0001-35. No documento, ele também afirmar ter meros 2,2% de participação do capital social da empresa, cujo valor total é de R$ 10 mil.
ENROLADO NO TCE
Concorrendo ao seu quinto mandato no executivo natalense, Carlos Eduardo está com cinco prestações de contas de suas gestões, referentes aos anos de 2014, 2015, 2016, 2017 e a de 2018 – dividida entre o ex-gestor e o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) -, “penduradas” no Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte (TCE-RN).
Os processos estão em diferentes fases de andamento, cada um com suas indicações e que ganham um relevo diferenciado porque Carlos Eduardo é pré-candidato nas eleições de 2024. Conforme o TCE, há quatro processos abertos relacionados a Carlos Eduardo Alves, referentes aos anos de 2014 a 2017, todos estes com parecer por sua desaprovação, com constatação de irregularidades que afrontam as normas básicas da administração pública.