O ano de 2025 promete encantar os brasileiros com uma série de eventos astronômicos visíveis a olho nu, incluindo superluas, eclipses lunares, conjunções planetárias e chuvas de meteoros. Para orientar os entusiastas do céu, o Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lançou nesta quinta-feira (3) o Calendário de Efemérides Astronômicas 2025. O material traz informações detalhadas sobre os fenômenos, além de mapas celestes e tabelas das fases da Lua.
Fenômenos do primeiro semestre
A primeira grande atração astronômica ocorre já em 15 de janeiro, com a aproximação de Marte à Terra. O astrônomo Daniel Mello, coordenador do projeto, explica que o Planeta Vermelho estará visível entre as constelações de Gêmeos e Câncer durante toda a semana de 12 a 18 de janeiro, com o ponto alto no dia 15. “Será um momento especial para observar Marte, que estará mais brilhante e fácil de identificar com auxílio de cartas celestes ou aplicativos”, destaca.
Em março, o Brasil terá a oportunidade de observar um eclipse lunar total na madrugada do dia 14. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, explica que todas as fases do eclipse serão visíveis no país. “Quando a Lua está completamente na sombra da Terra, ela adquire um tom avermelhado, criando um espetáculo único no céu”, afirma.
Ainda no primeiro semestre, a conjunção entre a Lua, Vênus, Saturno e Mercúrio, prevista para o amanhecer de 25 de abril, promete atrair olhares para o céu.
Destaques do segundo semestre
Em 12 de agosto, Vênus e Júpiter protagonizarão uma rara conjunção. Em dezembro, entre os dias 13 e 14, ocorre uma chuva de meteoros que promete iluminar as noites brasileiras. Além disso, três superluas estão programadas para os meses de outubro, novembro e dezembro, sendo a mais significativa em 5 de novembro, quando a Lua cheia estará em seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra.
No campo da observação com equipamentos, Daniel Mello ressalta a aproximação do asteroide Vesta em maio, na constelação de Libra. “Para esse tipo de observação, é necessário conhecimento prévio do céu e o uso de aplicativos ou telescópios simples”, explica.
Dicas para observação
Os especialistas recomendam buscar locais afastados da poluição luminosa dos grandes centros urbanos para uma experiência mais completa. “Áreas rurais ou serranas são ideais para acompanhar esses fenômenos”, sugere Mello. Ele também destaca a importância de observar o clima, especialmente em períodos secos, que oferecem maior visibilidade.
Para aqueles que não puderem observar os eventos diretamente, o Observatório Nacional realizará transmissões ao vivo e ações educativas por meio de suas redes sociais. “Estamos comprometidos em levar a astronomia para todos os brasileiros, com programações mensais que explicam o céu de cada região do país”, conclui Josina.
Com informações da Agência Brasil