O Maior Cajueiro do Mundo, localizado em Pirangi do Norte, município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, celebra nesta sexta-feira (20), seus 136 anos. A árvore é uma das principais atrações turísticas do RN e, para marcar esta data, recebe uma programação repleta de atividades culturais, educativas e ambientais, a partir das 8 horas da manhã. Organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) – órgão responsável pela gestão do Cajueiro – o evento homenageia esse gigante da natureza e promove ainda mais a interação com a comunidade e os milhares de turistas que visitam o local.
De acordo com o IDEMA, o enorme cajueiro possui uma área de cerca de 9.100 metros quadrados, com perímetro de aproximadamente 500 metros. O Cajueiro de Pirangi entrou para o Guinness Book como o Maior Cajueiro do Mundo, em 1994. Seu formato único, com galhos que crescem horizontalmente e criam raízes ao tocarem o solo, transforma a árvore em um espetáculo da natureza.
Além de seu tamanho impressionante, o Cajueiro de Pirangi também é notável pela produção de caju. Cada fruto pesa, em média, 150 gramas. A safra acontece de dezembro a fevereiro, sendo janeiro o mês de maior produção, com cerca de 2,5 toneladas de caju. “Agora, estamos realizando a contagem da atual safra”, explicou Iracy.
A origem do cajueiro é envolta em mistério: enquanto algumas versões atribuem o plantio ao pescador Luiz Inácio de Oliveira, outras apontam o ex-prefeito de Natal, Sylvio Pedroza, como responsável.
Outras Curiosidades
O Cajueiro de Pirangi possui alguns desvios genéticos, permitindo que seus galhos se espalhem para os lados e, ao entrarem em contato com o solo, formam novas raízes, tornando a árvore cada vez maior. Este crescimento expansivo continua a impressionar visitantes do mundo inteiro, transformando o Cajueiro em um dos maiores símbolos naturais do Rio Grande do Norte, importante ponto turístico que impulsiona o turismo sustentável na região.
Ao longo de todo o ano, o local atrai vários turistas, que participam de atividades culturais e educativas promovidas no espaço. De acordo com a gestora Iracy Wanderley, são “cerca de 5 mil visitantes por semana em baixa estação. No verão e outros períodos de alta estação, esse número chega a triplicar.”
A poda e a gestão do Cajueiro de Pirangi
A poda do Cajueiro de Pirangi é um tema frequentemente, especialmente no que diz respeito à manutenção da árvore dentro dos limites estabelecidos. De acordo com Iracy Wanderley, a poda é realizada anualmente, após a frutificação, de maio a junho, com foco na limpeza e manutenção.
“Temos uma equipe de 40 pessoas que cuidam do gigante”, explicou a gestora. As podas incluem a remoção de galhos secos, doentes ou danificados, com o objetivo de garantir a saúde da árvore e a segurança dos visitantes.
Contudo, a poda no Cajueiro de Pirangi é um processo delicado. De acordo com especialistas, podas severas podem gerar danos irreversíveis à árvore devido ao desequilíbrio bioquímico que causam. A poda de segurança, por exemplo, é realizada para evitar que galhos caiam sobre as pessoas, mas qualquer poda fora de época ou sem a técnica adequada pode resultar em estresse e enfraquecimento da planta.
Outras intervenções, como a suspensão de galhos, também foram tomadas para manter a árvore fora das vias públicas. Embora tenha sido construída uma estrutura, o Caramanchão, em 2012, para suspender os galhos que invadiam a RN 063, o impacto da obra gerou estresse na árvore, com a remoção de galhos e alteração no seu crescimento.