“Sou oposição a gestão de Fátima Bezerra pelo modelo danoso com o qual o PT trata a máquina pública brasileira. Falam uma coisa e fazem outra. Prometem o mundo, e entregam desemprego, pobreza e corrupção sistêmica. Tratam o Estado como uma estrutura que tem de abrigar seus correligionários políticos-ideológicos enquanto essa mesma estrutura é alimentada pelo sentimento de que as empresas e os empresários são o mal e eles, os petistas, são o bem”, afirmou o deputado federal Coronel Azevedo (PL), ao falar sobre a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), que está no primeiro ano do segundo mandato.
Para o parlamentar, a gestora cometeu “estelionato eleitoral” durante as eleições de 2022, quando usou o slogan “O melhor vai começar” e que, “tirando o marketing, na prática o que o governo dela está nos entregando é o caminho da insolvência do Estado”. Esses itens provocam, segundo ele, dificuldades em encontrar algum setor da gestão estadual que tenha registrado algum tipo de evolução e que foi a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que “permitiu que Fátima colocasse os salários em dia”.
“Aumento de impostos que asfixiam empresas. Estradas ruins que aumentam o custo do frete e geram inflação. Desespero nos hospitais de pacientes que não conseguem fazer cirurgias eletivas. Perseguição ideológica a policiais, que estão sendo assassinados. Afinidade e generosidade com apenados que cometeram delitos. Descumprimento de compromissos elementares, como o repasse das verbas constitucionais às prefeituras. E atraso sistemático no repasse dos consignados, que, a meu ver, é uma forma de apropriação do dinheiro do servidor, um ato ilegal”, enumerou Azevedo.
Segundo ele, o RN está a passos largos para o caminho da insolvência e, apesar da propaganda feita pela gestão de que o Estado está avançando, o que está acontecendo, na verdade, é o avanço para o fundo do poço econômico e administrativo. Azevedo reforçou ainda que sua missão como parlamentar é a de fiscalizar e combater “a maldade” do governo. “Minha posição é de contenção a esse governo nefasto que alivia a vida de criminosos enquanto torna pesarosa a vida dos trabalhadores”.
Outro ponto destacado pelo deputado estadual é relacionado à liberação dos recursos financeiros para as emendas parlamentares. “As emendas são recursos legais que os deputados destinam para políticas públicas dentro do orçamento do Estado. Muitos desses recursos vão para a construção de obras, manutenção de programas, geração de ações sociais, saúde e educação. O governo tem de pagar as emendas por obrigação legal, e não por favor ou benevolência. O Governo deve pagá-las porque está na lei e essas emendas vão para os municípios, que com isso ganham um fôlego administrativo e de investimentos”, disse.
Azevedo afirmou ainda que a crise financeira do governo do RN foi construída com parte enorme de responsabilidade do próprio governo. “Governo que é estatizante e alheio ao princípio da eficiência – e os recursos das emendas não são do governo, são legalmente destinados à indicação dos parlamentos. A título de informação, o governo federal atual, aliado de Fátima, foi o que liberou mais emendas em um único mês na história do Brasil, enquanto aqui a reclamação dos deputados é generalizada do atraso das emendas”, falou.
“Quanto mais baterem em Bolsonaro, mais ele vai crescer”
Ao falar sobre o fato da gestão estadual acumular débitos grandiosos com fornecedores e prestadores de serviços, não cumprir com as transferências aos órgãos bancários descontados do servidor público e atrasar as transferências para as prefeituras municipais, Coronel Azevedo disse que isso se deve à “incompetência genética do modelo de esquerda de governar, advindo das tresloucadas utopias comunistas. A mesma situação do RN existe na Venezuela, em Cuba e na Argentina, onde os governos de esquerda transformaram as sociedades em vítimas de experimentos políticos malsucedidos”.
Para ele, um dos problemas graves do Estado é referente aos empréstimos consignados. “O Estado hoje deve a todo mundo. Deve aos fornecedores, aos consignados, precatórios. Então, se for pegar dinheiro emprestado para empregar em algo que, ao final, gere desenvolvimento, e este se transforme em geração de imposto saudáveis para o RN, até pode ser que dê certo. Mas, se for para gerar obra eleitoreira em véspera de eleição ou distribuir de forma paternalista entre simpatizantes ideológicos só para ganhar votos, não dá”.
Azevedo afirmou ainda não acreditar que a governadora tenha o impulso desenvolvimentista que o Estado precisa. “É um governo empalado por uma ideologia que se retroalimenta da pobreza alheia. Colhendo sorrisos e aplausos de plateias desesperadas que, para sobreviver, precisam se submeter a lideranças que controlam a distribuição da merenda. O problema do RN não é só o dinheiro. Se fosse só isso, era meio caminho andado. É de visão de mundo. Num modelo assim, é como plantar em terra sem água, nem adubo. Não brota nada”, lamentou.
Questionado sobre a divisão dentro do Partido Liberal no Rio Grande do Norte com as pré-candidaturas a prefeito de Natal anunciadas pelos deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, Coronel Azevedo disse que o PL potiguar tem um foco bem claro: “Combater a má gestão do governo desastroso do PT, sob a liderança do maior líder político conservador do país, o ex-presidente Bolsonaro. Tenho certeza de que vamos todos marchar unidos quando a hora certa chegar”.
E falou sobre o desgaste na imagem de Bolsonaro perante a opinião pública, por conta dos envolvimentos com irregularidades e crimes e agravada com a colaboração premiada do seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. E que, mesmo estando inelegível, Bolsonaro continua um líder da extrema-direita e será o grande catalizador dos candidatos que serão eleitos em 2026.
“O desgaste contra Bolsonaro é artificialmente inflado pelas estruturas de esquerda, que tem uma estratégia explícita de perseguir e destruir todos os opositores do status quo petista. O governo Lula é ruim. A fórmula paternalista, estatizante e esquerdista com a qual ele gere o país é imprudente e auto aniquiladora. Quanto mais baterem em Bolsonaro, mais ele vai crescer porque o outro lado não vai conseguir entregar o que prometeu. Mesmo inelegível, Bolsonaro será o maior cabo eleitoral da oposição em 2026”, defendeu.
E falou sobre o fato da gestão do presidente Lula (PT) ter recebido, conforme as últimas pesquisas, a aprovação da maioria dos brasileiros. Para ele, a direita pode recuperar a hegemonia política em nível nacional. “As pesquisas diziam que Lula poderia ganhar no primeiro turno na eleição de 2022. Quando as urnas abriram, houve segundo turno. Além disso, no Congresso Nacional, o resultado das urnas naquela mesma eleição foi de maioria conservadora. O maior partido do Brasil, com mais deputados federais, é o meu, o Partido Liberal”, finalizou.