Por proposição do deputado estadual Hermano Morais (PV), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) promoverá na próxima quarta-feira (12) a Audiência Pública intitulada “Oportunidades e Riscos Ambientais, Sociais e de Governança Visando o Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Norte”. O evento acontecerá no Plenário Cortez Pereira (Plenarinho), a partir das 14h, e faz parte das atividades da Frente Parlamentar Estadual Para Gestão Inteligente e Sustentável.
As discussões serão em torno dos riscos ambientais, sociais e de governança com uma abordagem integrada para avaliar e gerenciar os impactos que uma organização pode ter no meio ambiente, na sociedade e nas práticas de governança institucional.
Os riscos ambientais estão relacionados aos impactos que as operações de uma organização no meio ambiente. Isso inclui questões como poluição do ar e da água, emissões de carbono, gestão de resíduos, uso de recursos naturais e mudanças climáticas. Empresas que não abordam adequadamente essas questões enfrentam riscos como multas regulatórias, danos à reputação e interrupções nas operações devido a desastres ambientais.
Por sua vez, os riscos sociais se referem aos impactos das operações nas comunidades em que opera e nas partes interessadas, incluindo funcionários, clientes, fornecedores e grupos vulneráveis. Isso pode abranger questões como direitos humanos, condições de trabalho, diversidade e inclusão, saúde e segurança ocupacional, envolvimento comunitário e impacto nas populações locais. Organizações que negligenciam essas questões podem enfrentar desafios como litígios, boicotes de consumidores, greves de funcionários e perda de licenças para operar.
Já em relação aos riscos de governança estão ligadas às estruturas e práticas de governança propriamente ditas, incluindo transparência, ética, integridade, gestão de riscos, conformidade regulatória, independência do conselho e remuneração de executivos. Má governança pode levar a escândalos corporativos, falta de confiança dos investidores, fraudes, instabilidade financeira e desvalorização das ações.
Toda essa gestão em diferentes riscos, visa o alcance do desenvolvimento sustentável, que nada mais é a busca pelo atendimento às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades. Este conceito reconhece a interdependência entre o meio ambiente, a economia e a sociedade, buscando um equilíbrio entre eles para garantir um futuro viável e próspero para todos. Sobre o assunto, Dirceu Simabucuru, Administrador, Especialista em ESG, Marketing e Comunicação vai realizar uma palestra cujo tema será: “Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Norte; Riscos e Oportunidades”.
No caso do Rio Grande do Norte, o desafio se refere ao desequilíbrio do bioma CAATINGA, que cobre mais de 80% de seu território e vem causando perda de biodiversidade, erosão do solo, alterações climáticas, diminuição da disponibilidade de água e insegurança alimentar. Em relação ao bioma, Emanoel Márcio Nunes, Doutor em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Professor Doutor em Economia, Coordenador da Pós graduação na UERN em Mossoró, vai palestrar com o seguinte tema : “A Caatinga é Viável?”
Para a Audiência Pública, foram convidadas as representações dos órgãos com vinculações ao meio ambiente.