DAMIÃO COSTA E O SEU REALISMO FANTÁSTICO
O DISTANCIAMENTO DA FOTOGRAFIA
Não é só o ato de pintar uma arte hiper-realista que nos faz substituir a fotografia em tempo de smartphones, ou super máquinas fotográficas, ou impressoras modernas e scanners digitais, ou um clicar para captar o exato momento do feixe de luz. Na verdade, o realismo é uma ação mental e artística que desconhece essa parafernália de imagem real, lentes, placas de metais e tudo o mais. O realismo se distancia da fotografia na medida em que o artista apenas pinta e se insere dentro de uma narrativa que para ele será a história repassada para o mundo real através dos seus pinceis e espátulas ágeis, ou seja, o academicismo, sempre rebuscado, necessariamente não identifica o artista pelo fato do seu estilo e técnica perfeitos, porque nas artes realistas encontramos trabalhos de populares pintando a história e cenas do cotidiano em vários aspectos e propagando o seu etos.
O realismo é de vanguarda porque subverte o que a fotografia quer mostrar, é mais identificado com a realidade que ultrapassa o que as lentes captam. Nada de romântico, tudo muito verossímil, claro, sem querer subestimar o poder da fotografia e do fotógrafo, mas se tratando de arte é um movimento que escritores, teatrólogos, escultores e pintores, onde mostram do fundo da sua alma a tenra realidade nua e crua.
O ARTISTA DAMIÃO COSTA
Damião Medeiros Costa, nasceu na cidade de São Vicente (RN), no dia 12/02/1987, filho de Francisca de Medeiros Costa e José Cardoso da Costa. Pinta desde os seis anos de idade, aos dezessete fez uma pausa para se dedicar ao matrimônio e ao seu próprio sustento, trabalhando como ceramista. Retornando tempos depois, já em 2021, utilizando a técnica à óleo e acrílica sobre tela.
AUTODIDATISMO E INFLUÊNCIA
Mesmo tendo realizado um curso de pintura on-line, com o professor João Rodrigo, de Santa Fé do Sul (SP), patrocinado pela sua amiga de Brasília, Vera Lúcia Lobo, Damião Costa é autodidata, e iniciou os primeiros experimentos já na tenra idade, assistindo aos animes nas TVs. Produzia de forma frenética, e mais tarde, assistindo a leilões de quadros em canais também em TV por parabólica, e vendo as pinturas leiloadas se encantou e começou a produzir com mais técnica e estilo. Nas redes sociais, acompanhava as pinturas de Rafael Seridó Artes e Lenilson, teve, então, a influência deles, por admirar e reconhecer os seus trabalhos artísticos. Encerra então a fase dos desenhos e começa a pintar utilizando óleo sobre tela.
PINTURA DO COTIDIANO
Damião Costa diz que a arte faz parte da sua vida. Além da família é por ela e para ela que se dedica. Em suas telas surgem paisagens locais onde ele se insere ao lugar de pertencimento, como o homem do campo, o vaqueiro, natureza morta, animais silvestres, retrato de pessoas e coisas que surgem da sua fértil mente artística. Além da Exposição São Vicente em Tela, ocorrida no Museu Histórico de São Vicente (RN), Participou ainda de “Era Uma Vez… 10 anos dos Amigos da Pinacoteca” e tantas outras.