DAS SALINAS DE MACAU PARA O MUNDO
SOBRE O ARTISTA
Na coluna de hoje escrevo sobre o macauense Cláudio Damasceno. Com o nome de batismo Cláudio Antonio Soares Damasceno, nasceu em Macau (RN), no ano de 1964. Filho de João Batista Damasceno e Maria da Conceição Soares Damasceno. Desde muito cedo Cláudio iniciou a sua vida artística com foco nas artes plásticas, gravura e desenho. Como o próprio artista se descreve, boa parte do seu tempo é dedicado à educação, exercendo-a como professor do Instituto Federal do Ceará, no Campus de Iguatu, lá na terra de Humberto Teixeira, autor de Asa Branca. O outro tempo é dedicado às aulas de Artes para o ensino médio, História e Cultura Afro-brasileira para o curso superior de geografia. É também professor de Marketing Político no curso de pós-graduação em Micro, Pequenas e Médias Empresas do IFCE e doutorando em Design pela Universidade de Minas Gerais.
RECONHECIMENTO DO TALENTO
No Rio Grande do Norte, e em várias cidades, a arte é praticada em diversos níveis, seja pelo erudito ou pelo artista popular. No entanto, muitos se deslocam para os grandes centros, principalmente para a capital, e chegando se insere em eventos (ausentes no interior). Por causa dessa lacuna de políticas inclusivas e massificantes nesse campo artístico, o reconhecimento só ocorre depois da emigração do artista, onde não deveria ser assim.
CENTROS PROPULSORES
Sem cometer injustiça com outros nomes importantes da nossa arte, existem geniais artistas que aqui plantaram árvores e dessas surgiram vários ramos e troncos influenciadores, cito dois proeminentes reconhecidos, porque eles são necessários para que possamos pesquisá-los, destaco o provinciano Newton Navarro (1928-1992), excelente pintor, retratava a vida interiorana através dos seus pinceis maravilhosos, e sobrava tempo para escrever belas poesias e também para a dramaturgia. Destaco ainda o espetacular Dorian Grey Caldas (1930-2017), os seus gigantescos murais, as tapeçarias multicores, as cerâmicas belíssimas, as esculturas, os seus ensaios e as poesias líricas que nos encantam, são nomes respeitados no mundo das artes. Ao chegar no “meio” desse centro, os artistas podem vislumbrar um futuro promissor e reconhecimento pelo seu talento até então desconhecido. Sabendo da genialidade de Cláudio Damasceno, é preciso levá-lo às universidades e ao público em geral, fazer com que mais e mais o RN, o Brasil e o mundo saibam da sua importância para a arte visual, moderna e contemporânea.
UM ARTISTA DIFERENCIADO
Cláudio Damasceno é um artista visual abstrato, concreto e figurativista. Os seus trabalhos são alentos para os olhos de conhecedores, interessados, e especialistas nesse seguimento artístico. Em 2018 teve o seu trabalho reconhecido pela Editora Brasil – SP, onde no mesmo ano a editora o convidou a interagir o conjunto iconográfico do livro didático “Aprendendo Matemática”, que foi impresso em 2020 e foi distribuído nas escolas de todo país. Ele emana luz, assim como o sal da cidade onde ele nasceu, a cidade das belas musicas, da Bossa Nova de Hianto de Almeida, da poesia de Gilberto Avelino, e dos magníficos romances de José Mauro de Vasconcelos e Aurélio Pinheiro.
Viva, então, o grande Cláudio Damasceno.