MIRIAM CARRILHO: LIVREIRA, ESCRITORA E ARTISTA PLÁSTICA
TRADIÇÃO DE FAMÍLIA
Muitos já ouviram falar de Miguel Carrilho de Oliveira, (1917 – 2000), nascido na cidade de Catolé do Rocha (PB) e radicado em Natal (RN) no ano de 1946. Pai de Miriam Carrilho, foi um empresário Potiguar e tinha como hobby o esporte de pescar. Fundou o Pâmpano Esporte Clube, localizado na Praia do Meio na capital do Estado. Na mesma praia tem uma estátua em sua homenagem, confeccionada pelo saudoso escultor cearamirinense Etevaldo Santiago e inaugurada em 2002 pela então gestora municipal Vilma de Faria. Recentemente o escultor e artista plástico Fábio de Ojuara foi convidado por Miriam Carrilho para restaurar o monumento.
Miguel Carrilho publicou um livro em 1999, com o título, Profissão: Pescador. Há ainda o ginásio Miguel Carrilho na Praia de Pium (RN) e o residencial Miguel Carrilho, no Tirol, em Natal. Miriam é irmã do falecido vereador Marcílio Carrilho.
A ARTISTA MIRIAM CARRILHO
A sua mãe, Maria de Lourdes Monte Carrilho, nasceu em 1924, na cidade de Mossoró (RN) e faleceu em 2023 em Natal. Já Miriam Carrilho nasceu no dia 22 de maio de 1947. A arte de Miriam Carrilho é de uma qualidade estética admirável. Geminiana inquieta, residiu em Natal, Mossoró, Petrópolis (RJ) e ancorou no Recife (PE) desde 1979. Mãe de quatro filhos, sendo três mulheres e um homem, onde se multiplicaram em netos e bisnetos. Trabalha na livraria Ideia Fixa, na Av. Parnamirim em Recife (PE). Tem dois livros publicados, “Folhas Esparsas”, de poesias, e “Pacote”, de crônicas, contos, poemas e desenhos, e outro com coletânea de escritores.
Está sempre em movimento, apesar de ter reduzido as atividades, mas não deixa por exemplo de participar de aulas de dança onde lhe proporciona momentos de relaxamento e reflexões. Considera os amigos joias especiais em sua vida. (foto 1)
NATUREZA-MORTA
O tempo não define e tampouco deixa estático o gênero ou o movimento da pintura. E ao longo de eras vemos telas com maças, laranjas, uvas, peixes, toalhas coloridas com um jarro, copo ou objetos inanimados variados sobre a mesa, em estantes ou apenas no vazio das telas. Surgiu no século XVI, e assim como o autorretrato virou uma febre entre artistas em todos os tempos, para mostrar através das suas artes o seu “eu” e o que está no entorno, sobrepondo objetos figurativos diferentes da Natureza-Morta.
EXPERIÊNCIA COM A ARTE E IMPORTÂNCIA
Miriam Carrilho diz que desde menina gosta de desenhar, pintar, escrever e faz mais um bocado de tantas outras coisas. Por isso essa inquietude no ato do fazer. Para ela a sua inspiração está sempre no seu imaginário, e pinta o que lhe vem à mente e no coração. Com noções em Teoria da Arte, se insere em diversos movimentos, e por essa razão não se fixa apenas em um estilo para produzir os seus trabalhos. A sua arte, inspirada na natureza-morta, mas como ela mesma fala, está mais viva do que possamos imaginar. Estão soltos no vazio do espaço os seus cajus geométricos, ou os peixes multicoloridos mergulhados em plantas de espécies variadas.
É então, Miriam Carrilho, uma artista que tem contribuído para colocar a nossa arte nos circuitos artísticos de Natal e do Nordeste.