TITO LOBO: O GUARDIÃO DAS CORES E DAS CULTURAS ANCESTRAIS
BIOGRAFIA
Nascido em João Pessoa, em 11 de agosto de 1960, Jacinto Diogo Correia Neto, popularmente conhecido como Tito Lobo, é um artista multicultural cuja obra transita com maestria entre o desenho, a pintura, a gravura, a escultura e a cenografia. Filho de Elbanice Lobo Correia e Diogo Lima Correia. Seu trabalho é uma celebração da cultura popular brasileira e, sobretudo, das raízes indígenas herdadas de seus avós, originários de tribos da Paraíba (os Potiguaras da cidade de Rio Tinto) e do Maranhão (Guajajaras, por parte de mãe). É nesse caldeirão de ancestralidade, cores e espiritualidade que Tito Lobo constrói sua trajetória como um verdadeiro “Guardião das Cores”. Desde criança, o artista já carregava em si uma alegria vibrante e um espírito inquieto, traduzido, desde cedo, em traços e cores. Começou a expor profissionalmente em 1986, quando participou do 1º Salão de Artes Plásticas no Teatro Santa Rosa, em João Pessoa. Desde então, integrou mostras significativas como a I e II Mostra de Arte Paraibana e a II Feira de Arte Moderna em São Paulo. Também esteve presente em eventos como o Salão Nacional de Humor, em Brasília, e projetos especiais como a Exposição Homenagem ao Maestro e Compositor João Madureira. Em Currais Novos Participou da Exposição Cores e Artes no Sertão, organizada por Nilson Naif. Todavia, já participou de outras exposições importantes no Rio Grande do Norte.
ALGUMAS EXPOSIÇÕES INTERNACIONAIS
Sua Arte cruzou Fronteiras. Entre as exposições internacionais, destacam-se mostras na Canning House Gallery, em Londres, na Galeria de La Victoria (Espanha), e na Galeria Arquetipas, em Lisboa. Participou ainda da mostra no Espaço Kirios, em Paris, sob curadoria de Anne Quillet, e da Unicorn Art Gallery, em Atenas, consolidando sua arte como ponte cultural entre povos, cores e memórias.
HERANÇA ESPIRITUAL E CULTURAL


As cores são seu idioma natural, e o artista acredita que essa expressividade lhe foi dada como missão, uma espécie de herança espiritual e cultural. As figuras humanas, especialmente os rostos, ocupam lugar central em sua produção. Mulheres muçulmanas, personagens do maracatu, do reisado, de lendas populares e religiosas aparecem em suas telas como símbolos de resistência, identidade e transformação. Tito vê o rosto como espelho de histórias e tradições, e como ferramenta para despertar reflexão e respeito. Para ele, o ser humano é um “Museu Vivo”, e a arte deve contribuir para valorizar essa dimensão essencial da existência.
UMA TÉCNICA QUE DESVENDA NARRATIVAS
Sua relação com a arte ultrapassa a tela. Ele vê o ato de pintar como parte de um rito, e o processo de dar nome às obras como uma liturgia poética que exige sensibilidade, escuta e técnica. Cada curva e cor guarda uma narrativa a ser desvendada, e é através desse exercício que sua arte se torna viva, expansiva e socializante.
UM ARTISTA ANDANTE
Sem vínculos com marchands ou galerias comerciais, Tito Lobo constrói sua trajetória de forma independente, guiado por um compromisso com a ancestralidade e a transformação social. A arte, para ele, é ferramenta de comunicação e permanência. É o canto visual dos povos antigos ecoando nas telas do presente.
PROJETO MUSEU NA ESCOLA
Tito Lobo Atualmente, está com um Projeto de Socialização e Humanização através da arte, em Instituições Públicas Municipal, Estadual, Federal e Internacional, com a criação do Museu na Escola. O Projeto é lindo e tem como Curadora a Socióloga, Professora Magali Doía.