A imagem de um bebê recebendo atendimento através de uma espécie de máscara de oxigênio improvisada, feita com embalagem de bolo, repercutiu nesta terça-feira expondo mais uma vez a difícil realidade de quem precisa de atendimento na rede pública de saúde seja no Estado ou em municípios.
Desta vez, o fato ocorreu no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz. Segundo a diretora clínica da unidade hospitalar, Dra. Ellen Salviano, o bebê – identificado apenas pelas iniciais G. F. S. S., com idade de 03 meses e 20 dias – foi recebido com um quadro preocupante de desconforto respiratório grave. O paciente também apresentava sintomas como congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia. Logo precisou se submeter a usar aparelhos provisórios enquanto esperava uma vaga na UTI, solicitada por meio da Regulação estadual.
A transferência aconteceu no final da manhã desta terça-feira (11), em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para o Hospital infantil Varela Santiago. Em contato com a assessoria do Varela, a reportagem do Diário do RN foi informada que, na medida do possível, a criança chegou bem, foi admitida pela equipe da UTI e estava se estabilizando. “Em breve teremos novo relatório médico”.
Ainda sobre as condições do atendimento improvisado o Hospital Municipal Aluízio Bezerra divulgou nota, publicada no perfil oficial da Prefeitura de Santa Cruz, mas a mesma se restringe a explicar apenas o quadro do paciente informa sobre o estado de saúde do paciente G. F. S. S., sem qualquer menção ao uso da embalagem de bolo.