Por Carol Ribeiro
A parceria entre Álvaro Dias (Republicanos) e Paulinho Freire (UB) existe antes do prefeito assumir a gestão da capital, em abril de 2018. Continuou quando Paulinho foi eleito deputado federal e se fortaleceu mais ainda na eleição de 2024, quando Álvaro se tornou decisivo para transformar o parlamentar em seu sucessor à frente da gestão municipal. Agora, Álvaro transfere para Paulinho, além de obras finalizadas e a serem concluídas, também as dívidas, no valor de R$ 238 milhões.
Até outubro de 2024, o Executivo Municipal tinha liquidado o valor de R$ 2.989.018.076,26, mas só conseguiu pagar, até então, R$ 2.751.913.325,50. Até o final de dezembro, o rombo público pode superar o valor, de acordo com os relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Destes, R$ 93 milhões são devidos somente a pessoas jurídicas, em dívida com fornecedores e prestadores de serviços. O déficit com empresas de locação de mão de obra, até novembro, é de R$ 32 milhões; com obras e instalações, R$ 18 milhões.
Só com fornecedores da Companhia de Serviços Urbanos de Natal, são R$ 26,5 milhões em dívidas. A Prefeitura deve mais de R$ 10 milhões à empresa Braseco S/A, responsável pelo aterro sanitário da região Metropolitana. À Marquise, são devidos R$ 6,69 milhões. A empresa faz a limpeza urbana da capital. Os dados são do Portal da Transparência da Prefeitura.
Em um outro exemplo, a pasta da Cultura deve R$ 16 milhões, sendo a maioria à artistas. A Fundação Cultural Capitania das Artes tem mais de R$ 13 milhões de dívidas com “serviços de terceiros”. A banda Bonde do Brasil ainda não teve pagos os R$ 210 mil da contratação do carnaval do último fevereiro.