O presidente estadual do União Brasil no Rio Grande do Norte, José Agripino, não esteve presente no anúncio de apoio do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) a Paulinho Freire, pré-candidato do partido à prefeitura de Natal, e não fez pronunciamento sobre o assunto. No entanto, o ex-senador acredita que a campanha vai começar agora e que Álvaro é “muito bem-vindo”. Ele também negou o fato de que o PL indicaria o vice de Paulinho, antes da chegada de Álvaro.
Em conversa com o Diário do RN, Agripino analisa que a larga vantagem de Carlos Eduardo (PSD) nas pesquisas se deve à falta de adversários. Para ele, “o adversário de Carlos Eduardo hoje é só Natália” Bonavides (PT) e a cidade de Natal é anti-PT.
“A campanha nem começou, a campanha não começou. Ele (Carlos Eduardo) não tem adversário. O candidato contra Carlos Eduardo hoje é só Natália. A cidade de Natal é anti-PT. Não há nenhum candidato no campo centro-democrático ainda para se contrapor a Carlos Eduardo. Não há ainda. Agora vai haver”, afirma.
O líder do União Brasil conta que trabalhou pela chegada de Álvaro Dias na aliança: “Conversei com Álvaro várias vezes, eu estive presente o tempo todo nisso daí”, disse.
A chegada de Álvaro, para Agripino, acrescenta à campanha de Paulinho Freire, principalmente pelas obras que o prefeito tem interesse em finalizar, mesmo que não nessa gestão. “Eu acho que ele vai se empenhar no limite para ver a vitória do Paulinho, porque Paulinho Freire além de deputado federal, com trânsito Brasília, tem compromisso em continuar obras que são fundamentais. Uma na geração de emprego, que é a orla urbanizada. João Pessoa tem uma maravilha, Fortaleza, Maceió e Natal não tem. Ainda não tem. Tem o projeto bem andado, que tem que ter sinalização”, explica.
A partir de agora, segundo ele, há chances de um segundo turno em Natal e é “plenamente viável” virar os números das pesquisas, que trazem Carlos Eduardo à frente e Paulinho Freire em terceira colocação. O ex-senador afirma que há “coisas” que serão ditas na campanha que poderão mudar o quadro atual.
“Paulinho é um candidato sem rejeição, uma rejeição baixíssima. A campanha vai mostrar quais são as virtudes dos candidatos. Esse jogo não está jogado, está longe de ser jogado. Tem candidato por aí que está muito bem em pesquisa, mas que pode ter muitos contra vapores em função do entendimento do eleitor de coisas que vão ser ditas na campanha, que vão ser esclarecidas na campanha. Eleição você decide com qualidade de candidato e com esclarecimento de campanha”, ressalta.
Paulinho e PL
Ao longo dos últimos meses, José Agripino articulou e se reuniu com lideranças dos partidos que hoje compõem a aliança em torno da candidatura majoritária do União em Natal, incluindo o Republicanos, PP, Podemos e o PL de Rogério Marinho. No entanto, Agripino se esquiva de detalhar relacionamento com o PL e Rogério Marinho. Ele diz que a relação do PL é com o candidato Paulinho, e não diretamente com ele.
“Eu acho que a relação é do candidato a prefeito com o partido, eu não sou candidato, eu sou o presidente do partido que Paulinho é candidato. E as alianças ele tem liberdade para fazê-las com quem julgar conveniente. Ele na minha opinião é candidato do campo centro-democrático”, disse.
Questionado sobre possíveis conversas, anteriores à chegada de Álvaro na aliança, que tivesse versado sobre uma composição com indicação do partido de Rogério a vice, Agripino foi taxativo: “não, não chegou (a existir conversas)”.