Por Carol Ribeiro
A federação formada pelos partidos União Brasil e Progressistas realizou uma reunião estratégica nesta segunda-feira (28), com a presença dos dois prefeitos das maiores cidades do RN filiados às legendas, Paulinho Freire (Natal) e Allyson Bezerra (Mossoró), e das bancadas federais das duas siglas. Estiveram presentes os deputados federais Benes Leocádio (UB), Carla Dickson (UB), Robinson faria (PP) e João Maia (PP). De acordo com os presidentes das duas legendas que formam a federação, o encontro foi marcado por um discurso unificado em favor da consolidação de uma frente ampla da oposição para as eleições de 2026 no Rio Grande do Norte.
“Cada qual vai fazer a sua parte para fazer com que a união das oposições aconteça de verdade no pleito do próximo ano”, afirmou José Agripino. Nesse sentido, Paulinho Freire é consenso como peça-chave na costura entre os líderes das demais oposições. “É um dos mais importantes e acreditados articuladores nessa união das oposições”, disse.
Agripino, no entanto, afastou, ao menos por ora, qualquer discussão sobre a inclusão da senadora Zenaide Maia (PSD) no grupo oposicionista. Zenaide compõe a base do PT, mas é aliada de Allyson Bezerra, e pode mudar de palanque a depender dos interesses e viabilidade eleitorais.
“Isso não foi assunto proeminente na reunião”, disse o ex-senador, que apontou o nome de Styvenson Valentim (PSDB) como um dos que “transita bem na federação”, destacando que ele é, até agora, o único pré-candidato ao cargo no grupo.
Ao Governo do RN, apesar da federação ter o nome de Allyson Bezerra – que vem trabalhando nos municípios o fechamento de parcerias, Agripino lembrou que a federação ainda não lançou oficialmente nomes, mas reconheceu a força do prefeito de Mossoró.
“Não é que a federação defenda, é uma contingência natural. Ele nem candidato se lançou, nem foi lançado pela federação, ainda. Agora, espontaneamente, ele é um candidato forte e conta com a simpatia de todos presentes naquela reunião”, declarou.
Sobre as discussões às chapas proporcionais, o presidente do União Brasil no RN reforçou que não houve divergências durante o encontro, nem imposição de nomes para formação de nominatas. Segundo ele, os critérios para composição da chapa proporcional devem ser claros e a pretensão é fazer a metade da bancada federal. “Voto, quantidade de voto, respeito às cotas, sem presunção de um partido ou de outro. É somar nomes fortes até que se você possa fazer pelo menos a metade da bancada”, cravou.
João Maia: “Chapa ideal é a que ganha”
Presidente estadual do PP, o deputado federal João Maia reforçou a importância da presença conjunta dos prefeitos das duas maiores cidades do estado e da participação das bancadas dos dois partidos, além da presença estratégica de Paulinho Freire: “Paulinho tem uma influência muito grande nessa posição, porque ele tem uma interlocução maior com o Rogério, com o Styvenson do que todo mundo”, admitiu Maia.
Defendendo uma candidatura de um nome “mais fácil de ganhar” como consenso da oposição, o presidente do PP no RN coloca o nome de Allyson Bezerra como o mais competitivo atualmente.
“A chapa ideal é a que ganha. E já estou adiantando que eu acho que é Allyson”, afirmou.
No caso do Senado, apontou que Styvenson aparece bem posicionado nas pesquisas e lembrou da polarização entre Fátima Bezerra e Zenaide Maia, ambas do campo governista.
Para João Maia, a construção da aliança passa pelo diálogo e pelo consenso: “A gente vai construindo isso tudo em torno do consenso. Aquilo que tiver que discutir, discute aqui, mas nós vamos sair daqui como equipe”.