Na manhã desta terça-feira (25), o desembargador aposentado Sebastião Coelho foi detido por policiais judiciais após causar um tumulto durante o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, acusados de tentativa de golpe de Estado, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Coelho, que atua como advogado de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro também implicado na denúncia, foi preso em “flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal”. O incidente ocorreu ao final da leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes, quando Coelho interrompeu a sessão com gritos de ordem, chamando a ação de “arbitrária”.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que não participa da Primeira Turma mas estava presente no prédio do Supremo, determinou o registro do boletim de ocorrência. Após a formalização do registro, espera-se que Sebastião Coelho seja liberado.
Embora não tenha conseguido adentrar o plenário da Primeira Turma, o desembargador causou uma interrupção significativa no momento em que Moraes falava sobre os denunciados e as datas das sessões de julgamento. Após a breve interrupção provocada por Coelho, o ministro concluiu a leitura e passou a palavra ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.