Jean Paul Prates assumiu a presidência da Petrobras nesta quinta-feira (26), após ter sido aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração da estatal. Indicado pelo presidente Lula (PT) em 30 de dezembro, ele tomou posse ainda como membro do próprio Conselho e seu mandato vai até 13 de abril, podendo ser renovado por novo período após a próxima assembleia de acionistas e a eleição dos novos conselheiros. A Petrobras era presidida desde 4 de janeiro por João Henrique Ritterhaussen, que assumiu interinamente após Caio Paes de Andrade, após ter renunciado ao cargo antecipadamente.
Senador desde janeiro de 2019, quando assumiu o mandato após a eleição de Fátima Bezerra (PT) como governadora, ele renunciou ao cargo nesta quarta-feira (25). “Encerramos aqui uma jornada que, para mim, foi repleta de grandes desafios e de conquistas também. Me dediquei ao diálogo para garantir um mandato que trouxesse soluções e avanços. Defendi pautas importantes, pois vejo um futuro promissor para o Brasil e para o Rio Grande do Norte. Um estado repleto de potencial”, disse.
Jean já defendeu publicamente mudança na composição dos preços da Petrobras e o fortalecimento da companhia em investimento público. Advogado e economista, possui mais de 30 anos de trabalho nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais. É mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo (IFP School) e Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia.
Recentemente foi reconhecido como um dos três mais influentes no setor de energia renovável no Brasil, uma das 50 personalidades mais importantes do setor energético mundial, por duas principais revistas internacionais especializadas em energia – Recharge (europeia) e Windpower (americana) – e também foi eleito um dos 25 mais influentes da indústria eólica mundial pela Windpower.
Jean foi membro da assessoria jurídica da Petrobras internacional (Braspetro) no final da década de 80 e, no início da década de 90, fundou a primeira consultoria brasileira especializada em petróleo. Em 1997, participou da elaboração da Lei do Petróleo e também foi o redator do Contrato de Concessão oficial brasileiro e do Decreto dos Royalties. No Senado, foi autor e relator de importantes marcos legais envolvendo a transição energética e práticas sustentáveis, combustíveis, educação digital, mobilidade urbana e infraestrutura ferroviária.