NOME
A carta na manga que alguns auxiliares e políticos ligados ao prefeito de Natal, Álvaro Dias, sinalizavam tem nome e sobrenome: Joanna Guerra, secretária municipal de Planejamento.
ESTRATÉGIA
O objetivo de Álvaro era justamente desviar o foco para outras pessoas, como Rafael Motta, que poderá abrir as portas do governo federal para Natal, via Geraldo Alckmin, vice-presidente da República. O despiste do pai de Adjuto vem dando certo.
GESTÃO
A leitura do prefeito é que a guerra ideológica entre esquerda e direita, lulistas e bolsonaristas, não agrada ao eleitor natalense. Por isso, ao apresentar uma mulher, técnica, gestora, sem vícios políticos e sem passado com desgaste, seria o ideal para conquistar eleitores de todos os perfis ideológicos e elevaria o debate para os problemas, fugindo das picuinhas políticas.
CONFIANÇA
Álvaro Dias aposta no nome de uma técnica, de sua confiança, para disputar o pleito de 2024 sendo sua sucessora. Ele repete o que fez Wilma em 1992, com a aposta no nome do engenheiro sanitarista Aldo Tinoco Filho, que venceu os irmãos gêmeos Henrique Alves e Ana Catarina.
PASSADO
São circunstâncias absolutamente diferentes, com personagens imprevisíveis em cenário novo. É possível fazer o comparativo ou mesmo a analogia com o que fez Wilma e o que pretende fazer Álvaro. Há semelhança entre o ontem e o amanhã.
DRIBLE
Ex-deputado Kelps Lima articula uma rasteira no deputado General Girão sobre o comando do Podemos no RN. Kelps pavimentou a entrada da professora Nilda, que vai assumir o comando da sigla no Estado, coisa que Girão já estava em adiantadas conversas para entregar a presidência para um assessor de sua confiança.
CHATEADO
Girão soube do drible que levou de Nilda, com ajuda de Kelps, em relação ao Podemos. Nilda esperava contar com o apoio de Girão para sua candidatura à Prefeitura de Parnamirim. Depois da rasteira que levou, Girão não quer nem ver Nilda pela frente. Vai apoiar qualquer um que tenha chance de derrotar a professora.
PACIFICAÇÃO
Engraçado ver o senador Rogério Marinho falar em pacificação do país. Logo ele que aplaudia os arroubos autoritários e beligerantes do ex-presidente Bolsonaro.