ESTILO
A classe política que conhece o estilo Paulinho Freire de agir, sabe que o marido de Nina não é movido a pressão. Ele se move de acordo com sua própria cronologia. Trazendo para a formação do secretariado, não adianta pressão nem forçar a barra para entrar na seleta lista.
TRANQUILIDADE
Um aliado de peso conversou com Paulinho pelo telefone e ouviu dele que estava em Brasília ainda garimpando recursos para Natal. Questionado sobre a lista do secretariado, Freire respondeu ao aliado ansioso: “Nem eu sei ainda”, disse o prefeito eleito, soltando uma gargalhada.
MOMENTO
O deputado federal Robinson Faria gosta de dizer aos seus aliados que se elegem para o Executivo: “Aproveitem bem esse momento entre a eleição e a posse; é o melhor período, pois ainda está curtindo a vitória, é paparicado por todo mundo e ainda não tem nenhum problema para resolver. Depois da posse, acabou-se o sossego”.
PEDIDO
O prefeito Álvaro Dias pediu R$ 40 milhões em emendas aos parlamentares para a segunda etapa da construção do hospital municipal. A bancada resolveu atender parcialmente ao pai de Adjuto, carimbando R$ 25 milhões.
INDECISÃO
O senador Styvenson Valentim joga lenha na fogueira da indefinição do grupo oposicionista para 2026. Reservadamente, o ex-militar tem dito que é candidatíssimo a renovar o mandato de senador. Publicamente, joga duplo e deixa escapar que pode ser candidato a governador.
COMPROMISSO
O fato é que Styvenson se comprometeu com o senador Rogério Marinho em ser candidato ao Senado e apoiar Rogério ou outro nome indicado por ele para o governo. Ninguém sabe se essa promessa de amor mútuo resiste ao tempo.
GOLPE
Um ponto de divergência explícita entre Styvenson e Rogério é a trama golpista. Valentim disse claramente que repudia a armação bolsonarista, acredita no relatório da PF e disse que isso é coisa de máfia.
GOLPE II
Já Rogério Marinho reza na cartilha de Bolsonaro e canta a ladainha de ‘narrativa’ e ‘perseguição’ contra o marido de Michelle.
GOLPE III
É por isso que Styvenson cresce em credibilidade. Não passa pano em erros de aliados. Fechar os olhos diante de uma trama golpista, é ser conivente. A diferença entre um e outro é justamente não selecionar a indignação ou o aplauso.
POLÍCIA
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está pagando um preço alto pelo discurso de estímulo ao vale tudo de sua polícia que mata inocentes. Uma coisa é apoiar ações da PM, outra é apoiar tudo que a PM faça e ainda estimular reações violentas.
POLÍCIA II
Diferente de Bolsonaro, que jamais admitiu qualquer erro e insistia na loucura que vinha à cabeça, Tarcísio é bem diferente. Quando o mundo real desabou contra ele, o próprio admitiu que há algo errado e que precisa ter “humildade” para reconhecer o erro e mudar.