O Estado do Rio Grande do Norte, teve R$ 4.765.668,12 das contas bloqueadas pela 2ª Vara do Trabalho de Mossoró. O bloqueio tem o objetivo de garantir a continuidade dos serviços no Hospital Maternidade Almeida Castro, localizado na região Oeste do estado. Nesta segunda-feira (25), os obstetras que trabalham no local, paralisaram as atividades devido a falta de pagamento. De acordo com os profissionais, o Governo do Estado está há sete meses sem pagar pelos serviços prestados.
A decisão, assinada pelo juiz Magno Kleber Maia na última sexta-feira (22), foi tomada por esses motivos de atrasos. A ação judicial foi movida pela Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim). Dentre as empresas prestadoras de serviços à unidade de saúde, encontra-se a Cooperfisio, responsável pela Fisioterapia, que já enfrenta um débito de R$ 298,5 mil, referente a pagamentos pendentes desde abril.
Na unidade, cinco médicos obstetras são responsáveis pelos atendimentos: três custeados pelo Governo do Estado e dois pela Prefeitura. Com os atrasos estaduais, os três médicos contratados pelo governo suspenderam suas atividades, deixando a carga de trabalho para os dois profissionais pagos pela Prefeitura, que está em dia com seus compromissos. Para evitar que as mulheres fiquem desamparadas, esses dois médicos irão absorver toda a demanda da maternidade, garantindo os atendimentos de urgência.
“Hoje, o Governo do Estado deixa a Maternidade Almeida Castro sem obstetras devido a um atraso salarial de 7 meses, prejudicando mães de Mossoró e de 60 municípios da região. Para não deixar essas mães desamparadas, a Prefeitura de Mossoró está custeando os médicos para atender os partos de urgência”, afirmou Allyson Bezerra em suas redes sociais.
O prefeito também fez um apelo direto à governadora Fátima Bezerra, pedindo que o problema seja resolvido imediatamente. “Essa é uma questão de humanidade e vida. Todas as mulheres merecem respeito e dignidade”, reforçou Allyson.
Com informações do portal 96 FM