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    ARTIGO

    SOB A FORÇA DA LUA

    Horácio Paiva
    30/07/2024, 04:53 Artigos
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    Sob a força da Lua, mirando marés de sizígia, surge uma nova estrela.
    O céu de Macau, tradicionalmente conhecido pelos seus luminares poéticos, ganha mais um: MICHELLE PAULISTA, uma musa que, se antes trazia inspiração, agora acrescenta poesia e encantamento, com o lirismo de seus próprios versos.

    O livro de poemas que nos presenteia tem o sugestivo título de “MARÉS DE SIZÍGIAS” – expressão utilizada na astronomia para designar altas preamares verificadas na Lua nova e na Lua cheia, provocadas pela conjunção gravitacional da Terra, da Lua e do Sol, quando alinhados.

    Mas o título, penso, é uma elegante e oportuna homenagem aos antigos trabalhadores do mar e navegantes macauenses, além de tributo à memória do grande e querido poeta Gilberto Avelino, que gostava da expressão e muito a utilizava.

    E não há dúvidas quanto à sua autenticidade, não apenas quando o relacionamos aos esclarecimentos astronômicos dados acima, às altas e memoráveis marés de Macau sob a força da Lua, mas também quando o constatamos na emoção estética que aflora da leitura da obra, escrita sob a conjunção dos signos da criatividade e da concisão, com versos iluminados por essas altas marés.

    Aliás, é a própria autora que claramente nos revela, em seu belo poema “Essência”, a origem marítima de sua alma, onde “a maresia soa como perfume”, no regresso ao “chão de sal”:
    “Eu tenho o gosto do sal e o cheiro da maresia
    O sal, que tempera e conserva
    Que agride, excita as glândulas do palato e as obriga a chorar
    O sal que conota valores
    Que deu nome à recompensa da labuta
    A maresia que cheira mal aos estranheiros da minha água
    Que soa como perfume, quando regressamos ao chão de sal
    Desejo poesia carcomida e adornada
    Esculpida pela maresia
    Refinada como sal, que tempera a existência.”

    A verdadeira poesia é universal. Beleza e verdade são irmãs, como anunciam os célebres versos de Emily Dickinson. A província torna-se casa do mundo, pois abriga sonhos que a ultrapassam…
    Num artigo que escrevi sobre a alma das cidades registro a emoção que me causou Veneza, quando ali estive pela primeira vez… O perfume da maresia revelou Macau ao meu coração, e esse sentimento de intimidade, provocado pela semelhança do lugar com o berço onde nasci, aliado à expectativa de beleza e arte do novo espaço, despertou o meu imediato amor pela cidade.

    “Marés de Sizígias” em tudo evoca a natureza de Macau… a água, o sal, o coração da ilha cortado pelas gamboas. Seus poemas, por exemplo, densos e concisos, são como esses rios inconclusos, profundos e líricos que atravessam a alma em busca do mar, onde esperam encontrar a resposta às suas mensagens. Tudo lembra o Amado, mortal ou imortal:
    “Espero mensagens o tempo todo
    Há textos em tudo e em todos os móveis.

    No mais inusitado recôndito, na fresta onde bate o sol, há uma missiva a ser aberta e traduzida .
    Se reparas bem, as entrelinhas são coisa explícita ante as mensagens sutilmente deixadas na porta que bate, no sino que tilinta na tampa de panela que cai ou na gota cálida da tua xícara de café.

    Lê, pois, o que tão fatalmente exposto foi escrito para ti.”
    Num tempo de homens partidos, como diria Drummond, de tumulto, de guerras, de vexame tecnológico – onde até o artifício é colado à inteligência -, chega-nos a bênção estética do lirismo e do humanismo nestes poemas de Michelle. Chegam-nos, para o nosso bem, essas Marés, cujas alvíssaras nos dão a própria autora, em maravilhoso dizer:
    “Uns dizem que há males que vêm para o bem
    Outros dizem que há mares que vêm para o bem.

    Eu digo, de mar interno aberto, que há marés
    (ainda que altas, sobejando gamboas) que também assim vêm.”
    Micchelle escreve um livro para encantar! Uma torrente de alegria, espanto e verve.
    Repito, em relação a “Marés de Sizígias”, uma frase certa vez ouvida de meu saudoso amigo – bispo, missionário, teólogo, escritor e poeta – D. Pedro Casaldáliga, ao ler uns poemas que lhe mandei: “É poesia mesmo!”

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