Brasil vai sediar a 10ª edição da Copa do Mundo Feminina de Futebol FIFA 2027. O anúncio foi divulgado na madrugada desta sexta-feira, 17 de maio, no 74º congresso da entidade, em Bangkok, na Tailândia. A decisão traz o Mundial pela primeira vez para a América do Sul. O Brasil concorria contra uma candidatura unificada entre Alemanha, Holanda e Bélgica.
As sedes previstas são Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Infezlimente, Natal ficou de fora da lista de sedes previstas.
A candidatura do Brasil prevê que o torneio será disputado entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027. A competição terá 32 países e 64 partidas. A abertura e a final estão programadas para o Maracanã, no Rio de Janeiro.
“O Brasil está pronto! Está será a Copa do Brasil, mas também de toda a América do Sul. E marcará um novo momento para o futebol feminino em nosso continente”, disse o ministro do Esporte, André Fufuca, representante do governo brasileiro no Congresso da FIFA. Na opinião dele, o evento será uma oportunidade para promover a igualdade de gênero e o desenvolvimento do futebol feminino. “As jogadoras servirão de inspiração para futuras gerações e ajudarão o Brasil a criar um impacto positivo duradouro na sociedade, promovendo inclusão, diversidade e igualdade no esporte”.
A infraestrutura do país foi considerada um ponto alto pela FIFA. O país recebeu, em 2014, a Copa do Mundo masculina e, em 2016, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Dez das 12 sedes usadas em 2014 estão previstas para 2027. A candidatura do Brasil destacava ainda a expertise comprovada em promover grandes eventos e a capacidade única de o país usar o futebol feminino como ferramenta de inclusão social.
Integrante da comitiva brasileira, Julia Gelli, diretora de Promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, acredita que a Copa do Mundo Feminina 2027 deixará um imenso legado para o Brasil, além de consolidar o já existente, não apenas no campo esportivo, mas também no social, econômico e cultural. “Se no passado as mulheres eram proibidas de praticar o futebol, no presente elas conquistam o espaço merecido e estratégico para diminuir a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres”, disse Julia.
Integraram a delegação brasileira na Tailândia, além do ministro do Esporte André Fufuca, o secretário de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Athirson Mazolli, a diretora de Políticas de Futebol e de Promoção do Futebol Feminino do Ministério do Esporte, Julia Gelli, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 2007 e atual coordenadora de Competições Femininas da CBF), Kerolin (atacante da seleção), Formiga (única atleta a disputar sete Copas do Mundo da FIFA), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros e Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.