A cúpula da Petrobras vê hoje uma crise fabricada por ala do governo para minar a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no presidente da estatal, Jean Paul Prates, em uma disputa de controle sobre a maior empresa brasileira.
Embora circule rumores sobre a substituição de Prates por Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informações da Folha de São Paulo dizem que Prates não está disposto a entregar o cargo e, em sua defesa, assessores destacam mudanças promovidas pelo executivo na política de preços dos combustíveis e na política de dividendos, que atenderam a anseios do governo sem grandes impactos nas ações.
A avaliação na Petrobras é que o recuo na retenção dos dividendos em meio à queda das ações após rumores da saída de Prates comprova a tese da fabricação deliberada de uma crise.
Segundo essa tese, ao defender a retenção do dinheiro, em março, os ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil ofuscaram a divulgação do balanço de 2023 da Petrobras, no qual a empresa registrou o segundo maior lucro da sua história.
Prates vêm reclamando das frequentes críticas a ele publicadas por Silveira. Uma reunião com o presidente Lula, para debater da Petrobrás a seu futuro na empresa está para acontecer, mas sem data marcada ainda.
Com informações da Folha de São Paulo.