Estou próximo de completar 39 anos de atividade continua no jornalismo e 17 desta plataforma – www.blogcarlossantos.com.br. Dei-me conta há poucos dias que os 40 estão rondando por aí. Sinceramente, não sei se chego lá. Dobrei o Cabo da Boa Esperança e estou na etapa final, quase uma prorrogação.
De verdade: nunca imaginei tanto nessa longa estrada da existência terrena e numa atividade profissional que não estava nos meus planos mais primários.
Até pensei, menino mirrado e asmático que fui, adolescente também, que jamais chegaria tão longe na vida. E, nesse ofício, menos ainda.
O jornalismo me salvou, me abduziu, me deu a chance de viver com apetite e querendo viver mais. De ser feliz, mesmo quando as manchetes do meu íntimo diziam: “Não. Não vai dar certo. ”
É meu lazer, meu parque de diversões. Onde me encontro e reencontro-me todos os dias.
Sigo aprendiz, sobretudo porque gosto da companhia e dos ensinamentos dos mais jovens. Mas, impossível esquecer o encantamento com professores como Cassiano Arruda Câmara, Dorian Jorge Freire, Jaime Hipólito Dantas, Givanildo Silva, Aluízio Alves e Vicente Serejo, por exemplo.
Ricardo Kotscho, Luiz Fernando Imediato, Hélio Fernandes, Mauro Santayana, Elio Gaspari, Sylvio Costa, David Nasser, Gilberto Dimenstein, Carlos Lacerda…
Quero mais e mais fazer o que faço no webjornalismo, no rádio e televisão. Sem esquecer a escola do jornal impresso, a experiência inovadora e surpreendente do Herzog Press (jornal via fax que lancei em fins dos anos 90).
A disposição física não é aquela de décadas. Mas, o apetite em aprender, a curiosidade, a febre da reportagem, o detalhismo da textualização, o foco no título, o zelo nas legendas e fotos, tudo continua como antes.
Tive frustrações, tentei largá-lo, senti-me atraído pela advocacia, mas a paixão e um pouco da razão de viver me chamaram de volta. Puxaram-me uma, duas, três vezes ou mais às redações.
Desisti de desistir. Chega.
Eloísa, meus filhos, netos, amigos, webleitores, por favor não fiquem com ciúmes. Essa não é uma crônica que menospreza vocês, mas uma confissão de amor para me sentir vivo.
Já disse e repito: enquanto der, dará.