A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) está encaminhando aos municípios potiguares uma nota de orientação a respeito do uso de soro antirrábico e imunoglobina humana no tratamento de casos de raiva.
O documento segue uma orientação nacional diante da escassez do soro e da imunoglobina em todo o país. A Sesap também realizou recentemente uma capacitação com as equipes municipais para aprofundar as orientações emitidas pelo Ministério da Saúde.
“É importante destacar que para o atual momento que estamos vivendo, todo Brasil vem sofrendo redução na quantidade recebida de soro antirrábico e imunoglobulina humana, fornecidos pelos Ministério da Saúde, e que diante deste cenário orientamos o uso racional destes imunobiológicos. No entanto é importante dizer que não há o desabastecimento no estoque de vacina”, ressalta Ranih Araujo, sanitarista do programa estadual de controle e vigilância da raiva.
No Rio Grande do Norte, o atual cenário epidemiológico da raiva registra 47 casos de animais positivos. Parte desses casos são provocados por variantes virais de origem silvestre, como morcegos e canídeos selvagens. O último caso de raiva humana foi registrado em 2010, no município de Frutuoso Gomes.
A raiva é uma doença zoonótica de origem viral considerada um importante problema de saúde pública, com letalidade de aproxidamente 100% dos casos e é transmitida a partir do contato direto através da mordedura, arranhadura ou secreção do animal contaminado ao humano.
A doença pode ser prevenida pela profilaxia pré-exposição e o acompanhamento da titularidade imunobiológica para grupos prioritários, como também pela profilaxia pós-exposição com a utilização de imunobiológicos, como a vacina, soro antirrábico ou imunoglobulina humana.
Orientações
- Em casos de agressão, a vítima deve procurar a unidade de pronto atendimento imediatamente para avaliação individual e criteriosa de cada caso;
- Em situações de agressões com cães e gatos que tem indicação do uso de soro e imunoglobina devem ser infiltrados, com exceção de agressões envolvendo morcegos e outros animais silvestres;
- Orientação a intensificação da vacinação de animais domésticos (cães e gatos) nos pontos de vacinação do município de residência;
- A população deve evitar se aproximar de animais desconhecidos e principalmente animais silvestres para diminuição na quantidade de acidentes antirrábicos.