Na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União (DOU) foi publicada a exoneração “a pedido” do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que liderava a pasta desde junho de 2020.
Filiado ao Partido Progressistas, Faria, de 42 anos, é filho do ex-governador e deputado federal eleito do RN, Robinson Faria, e é casado com a apresentadora Patrícia Abravanel, filha do empresário Silvio Santos.
Quando assumiu seu primeiro mandato como deputado federal em 2007, pelo Partido da Mobilização Nacional, Fábio tinha 29 anos e fazia parte da base de apoio ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, Faria já ocupou a liderança do partido na Câmara Federal e o posto de vice-presidente da Casa entre 2013 e 2015. O parlamentar é formado em administração de empresas pela Universidade Potiguar (UnP).
Em nota divulgada em seu perfil no Twitter, o agora ex-ministro Fábio Farias, agradeceu ao Presidente Jair Bolsonaro e a sua equipe no Ministério. “Um período de muito trabalho e união em torno de um projeto para fazermos o Brasil melhor, ao lado de uma equipe muito competente”, completou. Contudo, ainda não anunciou se volta ao Congresso.
Polêmica nas eleições
Durante as eleições deste ano, Fábio Faria, que foi um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro à reeleição, foi porta-voz de uma denúncia – classificada como “fato grave” por ele – sobre a falhas nas inserções em emissoras de rádios, e que elas seriam fruto de uma suposta falha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O tema foi explorado por apoiadores para pedir adiamento do pleito, no entanto, após pressão tanto o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, quanto o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, cacique do PP, e a rejeição da denúncia pelo TSE, Fábio se arrependeu e atribuiu a falha a campanha que ele próprio coordenava.