A Petrobras está prestes a iniciar uma etapa crucial na exploração de petróleo na Bacia Potiguar, mais especificamente nos campos de Pitu Oeste e Anhangá, a cerca de 52 km da costa do Rio Grande do Norte. A sonda NS-42 está em processo de limpeza de casco para prevenir a disseminação do coral-sol. Prevê-se que a navegação para a Bacia Potiguar comece na próxima semana, com a expectativa de iniciar a perfuração ainda este ano.
A empresa estima que cada poço da campanha exploratória terá uma duração de 3 a 5 meses. Essa iniciativa marca o primeiro poço exploratório em toda a Margem Equatorial brasileira desde 2015. O investimento previsto para os dois poços em águas profundas na Bacia Potiguar é de aproximadamente 300 milhões de dólares.
O projeto faz parte do Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027, visando avaliar a descoberta de petróleo realizada em 2013 no poço de Pitu. A companhia planeja perfurar 16 poços exploratórios na Margem Equatorial ao longo de cinco anos, com um investimento total de cerca de 3 bilhões de dólares.
A Bacia Potiguar, abrangendo partes do Rio Grande do Norte e do Ceará, é considerada uma das mais promissoras fronteiras mundiais em águas profundas e ultra profundas. Descobertas recentes em regiões vizinhas, como Guiana e Suriname, destacam o potencial significativo de produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira.
A Petrobras enfatiza seu compromisso com a segurança ambiental, evidenciado pela renovação da Licença de Operação concedida pelo Ibama. O presidente da empresa, Jean Paul Prates, expressou otimismo em outubro, afirmando que a Margem Equatorial será fundamental para o futuro da Petrobras, contribuindo para o desenvolvimento do país e a transição energética.