O contrato para manutenção e recuperação das instalações físicas de todas as delegacias da Polícia Civil do Rio Grande do Norte contempla o valor de R$ 2,6 milhões, provenientes de recursos próprios do Estado. O contrato com a J&M Construtora tem vigência de 12 meses e a expectativa é que, ainda em dezembro deste ano se iniciem as melhorias nas estruturas físicas de algumas unidades de Mossoró e Natal.
A governadora Fátima Bezerra (PT) avaliou a iniciativa como um passo importante para a Segurança Pública. “A atitude das senhoras e dos senhores à frente dessa área se mostrou assertiva”, disse à equipe do setor durante o ato de assinatura da ordem de serviço, na Governadoria, nesta quarta-feira (23).
“Agradeço à governadora a prioridade, porque pela primeira vez é celebrado um contrato para manutenção predial. O governo nos traz a alegria de podermos assinar esse contrato, dentro do planejamento estratégico da polícia civil”, declarou a delegada geral da Polícia Civil do RN, Ana Cláudia Saraiva, estendendo os cumprimentos ao procurador geral do Estado, Luiz Antônio Marinho; ao secretário de Estado da Infraestrutura, Gustavo Coelho; e ao secretário da Segurança Pública e da Defesa Social, Coronel Araújo.
Ana Cláudia Saraiva informou que as primeiras delegacias contempladas com as obras já estão definidas: plantões Sul e Norte, de Natal, e Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Mossoró. Atualmente, já estão em reforma a 1ª DP de Mossoró, Delegacia Regional de Currais Novos, 2ª DP de Natal, 7ª DP de Natal e a 1ª DP de Natal (que vai para novas instalações no Centro da Cidade).
INTERIOR
Os problemas não estão restritos às maiores cidades do Estado. Num levantamento recente, a reportagem do Diário do RN apurou detalhes sobre a situação de algumas delegacias de municípios menores. Em São Paulo do Potengi, o prédio onde funcionam as delegacias municipal e regional apresenta marcas de tiros das paredes ao teto desde setembro de 2020, quando criminosos atacaram duas agências bancárias e em seguida efetuaram vários disparos contra o local. Além de São Paulo do Potengi, a delegacia regional também atende São Pedro do Potengi, Santa Maria e Riachuelo. Ali, o efetivo é composto por um delegado, dez agentes, sendo três responsáveis pelo município e sete pela região.
Na delegacia de Santana do Matos, parte do teto caiu e atingiu a área onde fica a mesa do escrivão. O resto da estrutura está comprometida, podendo cair a qualquer momento. O prédio é alugado pela prefeitura, que é responsável por pagar a água e a luz no local, onde trabalham dois agentes civis e um escrivão. A delegacia, que atende Santana dos Matos e outros quatro municípios, também apresenta problemas no acesso ao prédio: Para registrar um boletim de ocorrência, as pessoas só podem acessar a delegacia através de uma escada, o que dificulta o acesso de idosos e pessoas com deficiência.
Já em Jucurutu, a caixa d’água da casa da delegacia não está funcionando. Além disso, o prédio possui várias infiltrações nas paredes e no teto.
Segundo o Sindicato de Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol-RN), um engenheiro recomendou que uma das salas fosse interditada. O motivo? Risco da queda de parte do teto no local. Apenas dois agentes, um escrivão e um delegado, integram o efetivo ali. “Você chega em uma delegacia aqui e tem a ideia de que elas são ruínas e de que nada funciona ali”, declarou a presidente do Sinpol Edilza Faustino.