Uma comissão interna do Vaticano anunciou nesta quarta-feira (4) que reprovou a possibilidade de que mulheres se tornem diáconas, o cargo de hierarquia mais baixo da Igreja Católica.
A comissão fez uma votação interna sobre a questão e, em maioria, votou contra a mudança, que seria a primeira ascensão de mulheres em posto hierárquico, a Igreja Católica proíbe até hoje mulheres em qualquer cargo de hierarquia, que incluem diáconos, padres, bispos, arcebispos, cardeais e o papa.
No entanto, o Vaticano disse que a decisão não é irreversível. Em nota, afirma que a Igreja Católica “não descarta a admissão de mulheres ao diaconato”, mas diz que atualmente “não é possível ‘formular um juízo definitivo, como no caso da ordenação sacerdotal'”.
“O estado atual da questão, tanto na pesquisa histórica quanto na investigação teológica, bem como suas implicações mútuas, descarta a possibilidade de avançar na direção da admissão de mulheres ao diaconato entendido como um grau do sacramento da Ordem”, declarou o Vaticano em comunicado nesta quarta.
Papa não indicou mudanças
Desde que assumiu o papado, o papa Leão XIV tem indicado que não deve avançar muito em questões de gênero dentro da Igreja.
Seu antecessor, o papa Francisco, tinha como uma de suas bandeiras seria uma maior participação das mulheres em cargos de comando na Igreja Católica.
Francisco nomeou sete mulheres para cargos de média ou alta importância dentro do Vaticano (veja mais abaixo) e criou duas comissões para analisar se mulheres poderiam ser ordenadas a postos de diaconisas, um cargo similar ao do padre —mas sem o poder de celebrar missas.
Mas o papa Francisco também expressou apoio à proibição de mulheres no sacerdócio, imposta pelo papa João Paulo II em 1994.
*Com informações do g1

