O acesso à água — direito reconhecido pela Organização das Nações Unidas como essencial à dignidade humana e para a realização de outros direitos — é um desafio que requer política pública, sensibilidade e investimento. O Governo do Estado, partindo dessa premissa, há sete anos desenvolve um dos maiores programas de segurança hídrica da história do Rio Grande do Norte. Um investimento de R$ 1,3 bilhão entre os anos de 2019 e agosto deste ano.
O Governo do Estado entregou uma das maiores barragens do Estado, construiu quase 1.300 quilômetros de adutoras e redes de distribuição, está em fase de recuperação de 28 açudes e barragens e a instalação de mais de 140 dessalinizadores, além do desenvolvimento do Programa de Perfuração de Poços Artesianos, com meta para perfurar e instalar 500 poços até abril de 2026. De acordo com a Semarh, mais de 100 poços foram perfurados até setembro deste ano. O Governo do Estado está investindo, com recursos próprios, R$ 13,5 milhões.
Os investimentos ocorrem em todas as regiões do estado, garantindo não apenas maior capacidade de armazenamento, mas acesso à água para quem mais precisa, principalmente em áreas do semiárido onde historicamente há escassez. Os investimentos e as ações são desenvolvidas a partir de parceria entre o Governo do Estado e a União. É uma verdadeira rede de tubulações interligando açudes e barragens, de forma estratégica, “transportando água no tempo”.
Em Jucurutu, região Seridó, o Governo do Estado construiu o Complexo Hidrossocial Oiticica, que engloba a barragem, três agrovilas e a comunidade Nova Barra de Santana. É o segundo maior reservatório do Estado, um benefício imensurável, que leva dignidade a 1 milhão e 800 mil pessoas.
Um investimento de R$ 893 milhões no Complexo Hidrossocial , que originalmente previa apenas a construção da barragem e reassentamento da comunidade Barra de Santana, mas foi modificado por justiça social, ao incluir as agrovilas, oferecendo moradia digna e possibilidade de obter renda às pessoas afetadas pelo lago da barragem.
Nas comunidades onde essas adutoras ou redes de distribuição não chegam, a gestão estadual buscou o Governo Federal para contemplar o Rio Grande do Norte com a instalação de cisternas e sistemas de dessalinização de água. São mais de 140 dessalinizadores em diversas comunidades transformando água salobra em potável. Em outra frente de atuação para expandir o acesso à água, o Governo do Estado foi em busca de recursos junto ao Governo Federal e viabilizou quase 2.500 cisternas (2.487 unidades), equipamentos que já estão em construção pelo interior do estado.
As 2.487 cisternas — capacidade para armazenar 16 mil litros de água por unidade — vão atender, principalmente, famílias de baixa renda residentes na zona rural atingidas pela seca ou falta regular de água, com prioridade para o atendimento a 1.740 famílias chefiadas por mulheres e 747 famílias que sejam povos tradicionais (Indígenas, Quilombolas, Ribeirinhos e pescadores artesanais) de 28 municípios. Serão investidos R$ 15 milhões, além da contrapartida do Governo do Estado, de R$ 400 mil. Até setembro deste ano, 400 unidades já haviam sido entregues às famílias.
Do total, R$ 5 milhões já foram liberados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O Programa Cisternas no Rio Grande do Norte está dentro do pacote de investimentos de R$ 45 milhões através do MDS. É mais água, dignidade e sensibilidade governamental.
Água que mata a sede e move a econômica
Os investimentos garantem água — para beber, e para a produção agropecuária — vão muito além dos milhões de reais através da parceria com a União. Alguns desses projetos, durante décadas, permaneceram nos discursos e sonhos, mas as ações planejadas se transformaram em realidade.
Um olhar diferenciado especialmente às regiões do Rio Grande do Norte com maior dificuldade de acesso à água.
Em algumas comunidades rurais, as famílias têm água de poço artesiano e que funciona com energia solar, gerando também economia. Prova que é possível, mas requer determinação, transformar a vida de quem antes dependia da água de uma cacimba a quilômetros de distância.
A política pública de acesso à água leva segurança hídrica às cidades e ao campo, seja para os pequenos ou aos grandes produtores, proporcionando a geração de riqueza e renda. Tem água assegurada para o Distrito de Irrigação do Baixo açu (DIBA), nas comunidades através de poços, cisternas e dessalinizadores, ou nas cidades com a expansão das adutoras e redes de distribuição, a exemplo das cidades de Mossoró, Governador Dix-Sept Rosado, ou em Nova Cruz e Montanhas.
Os investimentos em obras estruturantes realizados pelo Governo do Estado, e muitos em parceria com o Governo Federal, são planejados observando qual será o uso da água.
Adutora de Nova Cruz garante segurança hídrica para 45 mil pessoas

A segurança hídrica e a qualidade do abastecimento para cerca de 45 mil pessoas nas cidades de Nova Cruz e Montanhas foram fortalecidas, com a inauguração este mês da obra de renovação completa da Adutora de Nova Cruz, executada pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
O Governo do Estado investiu um total de R$ 18,4 milhões, com recursos próprios da Caern, na substituição integral dos 40 km da adutora. O objetivo central foi acabar com as paradas de abastecimento e vazamentos que eram frequentes devido à tubulação antiga, garantindo um serviço mais contínuo e eficiente e, principalmente, reduzindo a perda de água no sistema.
A substituição da adutora que transporta água captada no rio Piquiri, em Pedro Velho, foi concluída em duas fases, a primeira, entre 2022 e 2024, quando foram substituídos 22 quilômetros de tubulação. Na segunda fase, concluída agora, foram substituídos mais 18 quilômetros. Com o fim da segunda etapa, a Adutora de Nova Cruz está 100% renovada, oferecendo maior capacidade e confiabilidade na distribuição de água para a região.
“O abastecimento melhorou bastante, a gente sofria muito com a falta de água graças a Deus depois dessa adutora não faltou água nenhum dia não. Tomara que seja assim para sempre”, comemora Josilene da Silva, moradora de Nova Cruz.
A obra em Nova Cruz está inserida no maior plano de investimento em recursos hídricos da história do Estado. O Governo do RN destinou R$ 1,3 bilhão em obras e ações de gestão hídrica entre 2019 e agosto de 2025, contemplando diversas obras importantes.
Somando-se à substituição da adutora, a Caern implementou em Nova Cruz o programa Água Justa. A iniciativa visa aprimorar a gestão e a distribuição da água, buscando um acesso mais equitativo e eficiente para os cidadãos. O programa está diretamente ligado à melhoria da distribuição de água potável pela rede geral, que em Nova Cruz já atende a 81,55% da população.
 
		
 
									 
					