SEM CENSURA
A juíza Rossana Alzir Diógenes Macedo, rejeitou o pedido da vice-prefeita Joanna Guerra para retirar postagem que fazia referência a nomeações da namorada e do pai em cargos comissionados na Prefeitura de Natal. A magistrada disse que seria censura, o que a Constituição não permite.
JURISPRUDÊNCIA
Em sua consistente decisão, a juíza lembra que Joanna Guerra sequer utilizou o direito de resposta antes de recorrer à Justiça. Ela cita decisão da ministra Cármen Lúcia, do STF, no mesmo sentido, de não censurar algo previamente. Afinal, Joanna não desmentiu as nomeações e o processo ainda não tramitou.
CRÍTICAS
Em outro ponto de sua decisão, a juíza Rossana Alzir Diógenes Macedo lembra que Joanna Guerra agora é figura pública, sujeita a críticas: “detentora de cargo político, encontra-se submetida a crítica e atenção do interesse social, podendo ser alvo de críticas severas, duras ou até mesmo impiedosas e insensíveis”.
CERTEIRA
A jornalista Laurita Arruda, com seu sempre elegante, porém firme estilo, foi cirúrgica em seu texto sobre essa situação de Joanna Guerra ao processar jornalista. A filha de Cassiano, em seu Território Livre, detalhou o equívoco.
CERTEIRA II
Diz Laurita: “Joanna caiu no equívoco de quem ou é novo no poder e acha que pode tudo, ou chegou ao poder alimentado por uma cadeia de atores que estão acostumados a coagir quem pensa diferente. A censura ao jornalismo não combina com perfis democráticos, republicanos, transparentes, honestos, justos, éticos”.
CERTEIRA III
Laurita Arruda conclui: “Ao processar Habyner Lima, Joanna Guerra cometeu outro erro: o de Comunicação. Permitiu que o assunto saísse de uma bolha polarizada entre esquerda X direita. O erro de processar um jornalista que cumpria seu ofício conseguiu unir uma categoria de quem se adaptou a muita coisa da chamada “nova política”, menos ao velho hábito de censurar, calar, intimidar e abafar a liberdade de expressão tão cara por destros e canhotos”.
RECADO
Sherloquinho diz que gabinetes na governadoria não gostaram do recado dado pelo vice-governador Walter Alves. Ao citar que quer deixar legado como o do pai, Garibaldi Filho, e esquecer da governadora Fátima Bezerra, o filho de Garibaldi desagradou a cúpula.
RECADO II
Mesmo não gostando do discurso de Walter, a turma da governadoria mantém o silêncio estratégico de quem finge que não viu. Afinal, passar recibo não faz parte de estratégia. Walter, manhoso como o pai, também finge que nada aconteceu.
IMPOSTO
Impressiona como a atual oposição na Câmara dos Deputados não tem o menor pudor de votar em favor de pautas indefensáveis e contra a população. A turma do bolsonarismo, juntamente com o Centrão, votou contra aumentar imposto para bilionários. E ainda comemorou.
PAUTAS
A direita, que tem um percentual expressivo do eleitorado brasileiro, precisa se desvencilhar do bolsonarismo e se apegar a pautas que interessem à população. Basta ver que o chamamento não é o mesmo. Chamaram para um evento contra a anistia e deu meia dúzia de gado pingado.
PAUTAS II
Depois de votar pela PEC da Bandidagem, apoiar a anistia de golpistas e ser solidário com os crimes praticados por Eduardo Bolsonaro contra o Brasil, o líder do PL anuncia que vai propor mudança no Regimento para permitir que o filho de Bolsonaro continue nos EUA sem perder o mandato, desde que não receba salário.

