PRAZO
Estamos a um ano da eleição e o cenário estadual ainda é de indefinição. Os grupos articulam nomes para determinados cargos, mas ainda em desenho sem arte final. Tudo isso porque ainda há várias indecisões em todos os grupos, seja para senador ou governador.
OPOSIÇÃO
A oposição se divide em oposição forte e oposição fake. A forte é de verdade e bate duro no governo Fátima. É comandada pelo senador Rogério Marinho. A oposição fake é comandada pelo prefeito Allyson Bezerra, que finge ser oposição, mas tem atitude de governista enrustido.
CHAPA
Pela oposição de verdade, há indefinição sobre o futuro político de Rogério Marinho. Ele pode ser candidato a governador ou participar da eleição presidencial. Se for candidato no RN, ex-prefeito Álvaro Dias formará chapa com Styvenson Valentim para o Senado.
CHAPA II
Caso Rogério não seja candidato a governador, Álvaro assume essa condição, Styvenson permanece na tentativa de reeleição e a outra vaga deve ser ocupada por algum laranja indicado pelos aliados.
ALTERNATIVA
A chamada terceira via ou chapa alternativa, hoje tem Allyson Bezerra que é candidatíssimo sem assumir que é candidato. Tem a senadora Zenaide Maia como único nome a tentar a reeleição e a outra vaga continua vaga, sem nome a ser citado, pois o ‘grupo’ alternativo é formado só por Allyson e Zenaide.
SITUAÇÃO
O PT não preparou nenhum nome para substituir Fátima. O que tem, deputada Natália Bonavides, não tem coragem de concorrer e nem de governar o quebrado RN. Da ausência de nomes aptos e viáveis, surgiu o new petista Cadu Xavier, que patina nos números aguardando a salvadora muleta do presidente Lula.
SITUAÇÃO II
O grupo governista poderia ter trabalhado o nome de algum aliado forte, como Ezequiel Ferreira ou Walter Alves. Tratou os dois quase como adversários e ficou sem opção. Hoje, tem somente o nome de Fátima a puxar o palanque. O que virá para completar a chapa pode virar âncora ou puxar pra cima. É aguardar.
DESENHO
Portanto, pelo que vimos acima, o quadro é de indefinição. Os três grupos precisam de efetividade para concluir o processo. Afinal, cada peça que se move no tabuleiro de uma chapa majoritária, seja um nome de senador, governador ou vice, os demais nomes podem também sofrer migrações em seu projeto originário.
INFLUÊNCIA
Além da indefinição na formação das chapas, há também as influências externas políticas com força para conquistar simpatia ou antipatia do eleitorado. E há também as investigações que tramitam na Justiça e podem melhorar a vida de uns e piorar a de outros.
INFLUÊNCIA II
Hoje, Lula tem um peso forte na eleição do RN. Já foi mais fraco e se fortaleceu; pode crescer ainda mais e seus defensores absorverem a popularidade e transformar isso em votos.
INFLUÊNCIA III
O ex-presidente Bolsonaro já foi forte bastante a ponto de eleger Rogério Marinho senador. Claro que contou com a divisão do grupo de Fátima, com Carlos Eduardo e Rafael Motta trocando farpas e perdendo votos. Hoje, Bolsonaro atinge positivamente somente sua bolha. Está em queda livre e tende a piorar.
PALANQUE
O quadro está claro em relação aos dois principais grupos e suas lideranças nacionais, com Lula e Bolsonaro dividindo amor e ódio. Resta saber em que palanque estará o prefeito Allyson Bezerra. Afinal, não dá para ser candidato a governador fingindo que não existe eleição presidencial.

