No mês que é celebrado o Dia do Educador Físico, e que marca a regulamentação da profissão no Brasil desde 1998, reforçando a importância desses profissionais na promoção da saúde e bem-estar, o educador físico Yan Xavier, explica o significado especial. “Ela me lembra não só a comemoração por fazer parte dessa profissão que tanto amo, mas também de um compromisso com a saúde de muitos através do meu trabalho, provendo uma qualidade de vida melhor para meus alunos por meio dos exercícios físicos que oriento”, afirmou.
A atuação do educador físico é ampla e abrange diferentes fases da vida. Na infância, ele contribui diretamente para o desenvolvimento motor, social e emocional dos alunos, principalmente no ambiente escolar. Já na fase adulta e na terceira idade, o acompanhamento adequado permite melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças. “Muito do desenvolvimento da infância vem das escolas. A prática de atividades físicas ajuda os alunos a desenvolverem novas relações, aptidões físicas e a entenderem seu emocional diante de novos desafios. Isso também se reflete em outros ambientes, como academias, onde há trocas entre pessoas de diferentes realidades”, destacou Xavier.
O profissional ressalta que a orientação correta é fundamental para potencializar os resultados e garantir segurança. “Muitos acham que entrar em uma academia ou fazer caminhadas leves já basta, mas a atividade física orientada por um profissional vai proporcionar melhores rendimentos e treinos adequados, sendo assim mais eficientes, tanto para problemas físicos quanto para mentais”, explicou.
Segundo ele, não existe um programa único que sirva para todas as pessoas, já que cada indivíduo tem suas particularidades. Fatores como humor, sono, autoestima e até a percepção de um corpo saudável variam de acordo com a cultura e o ambiente. “Em uma visão geral, a musculação é uma ótima opção, pois permite manipulação de cargas e adaptação dos treinos para diferentes objetivos”, observou o educador.
Além da musculação, outras práticas podem contribuir de maneira significativa para a saúde física e mental. Yan cita o yoga como exemplo de atividade que promove relaxamento e concentração, bem como exercícios funcionais realizados ao ar livre, como na praia ou em trilhas. “Essas práticas permitem não apenas trabalhar o corpo, mas também a mente, além de promover uma conexão maior com a natureza”, disse.
A dimensão social das atividades físicas também é ressaltada pelo profissional, que aponta os benefícios da prática coletiva. “Com atividades inclusivas e cooperativas, conseguimos estimular a comunicação entre os participantes e fortalecer vínculos. O exercício físico também regula hormônios, reduz o estresse e se torna preventivo para muitos problemas mentais. Por isso, é essencial que as aulas de educação física estejam presentes nas escolas e em programas sociais das cidades”, defendeu.
Apesar da relevância do setor, ainda há desafios a superar. A falta de políticas públicas efetivas e o crescimento do sedentarismo são barreiras que dificultam o acesso à prática regular de exercícios. “Hoje em dia não é visível e palpável um incentivo maior para a melhoria da qualidade de vida. O sedentarismo já virou uma pandemia mundial, e a sociedade muitas vezes acaba excluindo ou desestimulando aqueles que tentam começar. Isso precisa mudar”, pontuou Yan.
Para ele, a atualização constante e o uso de novas ferramentas são fundamentais. “Existem diversos cursos na área que ampliam o conhecimento do profissional e ajudam a lidar com aspectos físicos, cognitivos e emocionais dos praticantes. Além disso, as redes sociais e parcerias interdisciplinares são meios importantes para levar informação e incentivar hábitos mais saudáveis. O papel do educador físico é justamente ser esse elo entre ciência, prática e sociedade”, concluiu.