O ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Câmara, participaram de uma acareação no Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta quarta-feira (13/8), onde ficaram frente a frente.
A sessão, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, teve início por volta das 11h40 e foi encerrada às 12h20. De acordo com o advogado Eduardo Kuntz (foto em destaque), que representa Marcelo Câmara na ação penal sobre a tentativa de golpe, a acareação foi relevante e teria demonstrado que não houve monitoramento com a intenção de atacar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula ou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Para a defesa, ficou explicado que esse “monitoramento” servia para marcar agendas e encontros — um acompanhamento de compromissos. “Espero que os esclarecimentos de hoje contribuam para a absolvição do meu cliente […] Foi muito boa [a sessão], muito importante. Ficou muito claro que não existia monitoramento com objetivo de atacar Moraes, Lula e Alckmin”, afirmou.
O encontro cara a cara de ambos foi autorizado por Moraes após pedido da defesa de Câmara, que apontou ao menos três contradições nos depoimentos de Mauro Cid à Polícia Federal (PF). São elas:
- as minutas discutidas no Palácio da Alvorada;
- o suposto monitoramento de Moraes; e
- relatos inconclusivos sobre esse acompanhamento.
Como o ex-assessor está preso no Batalhão do Exército, em Brasília, Moraes autorizou o deslocamento dele ao STF, com tornozeleira eletrônica, e reforçou que Câmara só poderá se comunicar com seus advogados.
“O réu preso Marcelo Câmara Costa deverá comparecer pessoalmente, mediante a instalação de equipamento de monitoramento eletrônico durante o período necessário para o deslocamento e realização da acareação, mantida a proibição de se comunicar com qualquer pessoa que não seja seu advogado”, disse Moraes na decisão.
*Com informações do Metrópoles