Everaldo Gomes Porciúncula
Everaldo Porciúncula, nascido na cidade de Lagoa dos Gatos (PE), em 19 de fevereiro de 1933, faleceu em Natal (RN), em 21 de março de 1990. Foi publicitário, jornalista e radialista. Também era conhecido como Bárbaro, nome que posteriormente deu origem a um prêmio de publicidade.
Começou sua vida profissional como jornalista na Rádio Caruaru, indo depois para Recife, onde trabalhou anos no “Jornal do Comércio”. Em outubro de 1958 tomou um Convair da companhia aérea Real e aportou em Natal. Tinha a intenção de passar seis meses estruturando a sucursal do “Jornal do Comércio”, do qual se empenhou como correspondente. Resolveu também aceitar um convite de emprego na Rádio Nordeste para acumular com a nova função. É o próprio Everaldo quem conta numa crônica que o título – “Por que Natal?” — “Emprego assegurado, continuidade como radialista e jornalista durante poucos meses. Logo em seguida, enjoei a ‘vida artística’.”
Assumiu alguns cargos em assessorias de imprensa: assessor do governo Aluízio Alves, Relações Públicas da Prefeitura do Natal na gestão Agnelo Alves; Sub-chefe da Casa Civil no governo de Mons. Walfredo Gurgel, e chefe do Departamento de Comunicação Social da Federação das Indústrias – FIERN durante dezenove anos.
Além destas atividades foi diretor de atendimento da Dumbo Publicidade; escrevia, sempre aos domingos, crônicas no jornal “Tribuna do Norte”; foi fundador e primeiro presidente da Associação Profissional das Agências de Propaganda – APAP – e apresentador do programa da TV Cabugi “Bom Dia RN”, no ar até hoje.
Vaidoso, bem-humorado, comunicativo, ao completar cinquenta anos fez o lançamento do seu livro de crônicas – Sinal no Umbigo – com muita comemoração. Casou pela segunda vez em Natal com sua colega de trabalho Tereza e foi pai de Everaldinho, Fred, Juliano e Juliana. Os nomes dos dois últimos filhos foi uma homenagem ao líder político camponês Francisco Julião, porque assistira certa vez, na juventude, em Recife, seu comício, sendo preso torturado pelos militares, numa cena que muito o impressionou.
No seu texto da coletânea de crônicas sobre Natal, fecha dizendo: “Pelo calor humano da cidade, pelas oportunidades que aqui tive e continuo tendo, pelo seu sol e pela sua gente, por sua feminilidade para com os homens e por sua masculinidade para com as mulheres, por suas praias, pelo seu progresso e por sua amizade, é que gostei e gosto de gostar de Natal”.
Após o seu falecimento foi criado o “Prêmio Bárbaro”, das agências de publicidade e o jornal “Bárbaro”, apelido que lhe atribuíram por que gostava de chamar os amigos assim.
OBRA: Sinal no Umbigo (crônicas). RN Econômico, Natal, 1983.
In Nossa Cidade Natal, ant. de crônicas, Prefeitura Municipal, gestão Marcos Formiga, 1984.
FONTES: Informações prestadas por Juliano Porciúncula.
Livro 400 Nomes de Natal.
Pesquisa e Edição: Ricardo Tersuliano – Historiador Independente